terça-feira, 6 de junho de 2017

Medicamentos falsificados

As autoridades sanitárias brasileiras e mundiais sempre emitem avisos sobre o risco de se consumir medicamentos falsificados. E cada vez mais a população está sujeita a esta grave contravenção. Algumas coisas muito simples podem ser feitas, como não comprar medicamentos fora de farmácias, por exemplo. Pode parecer incrível, mas muita gente compra medicamento de origem duvidosa de camelôs, em feiras e nas ruas. Mas o medicamento falsificado também pode chegar pela internet.
Para vender pela internet ou mesmo por telefone, a farmácia precisa ter, necessariamente, uma loja aberta ao público, com farmacêutico responsável presente durante todo o horário de funcionamento.
Nas farmácias, exija a nota fiscal, pergunte ao farmacêutico sobre a garantia da qualidade do medicamento adquirido e confira com ele alguns elementos do produto. Com exceção dos medicamentos genéricos, confira o nome comercial do medicamento, o qual deve ser exatamente igual ao prescrito pelo médico. Além disso, verifique as condições de qualidade da embalagem, a impressão dos dizeres deve estar nítida e manter as mesmas características habituais de cores. Eventualmente a indústria farmacêutica pode realizar mudanças, porém normalmente há alertas relatando a nova embalagem.

Outros elementos importantes são as datas de fabricação e de validade do produto. Elas precisam conter, no mínimo, o mês e o ano. Procure, ainda, o número do lote de fabricação e o nome do farmacêutico responsável pelo remédio e o respectivo registro no Conselho Regional de Farmácia. Também é necessário o registro no Ministério da Saúde, o qual se apresenta com um número após a sigla "MS", sendo necessários treze dígitos. Cada produto tem o seu próprio número.

Os medicamentos precisam estar lacrados e não podem apresentar danos. Alguns medicamentos têm uma identificação do laboratório que aparece quando raspada com algum objeto de metal. A tinta não deve descascar, mas os dizeres devem aparecer, como se escritos pelo metal. Caso você se depare com erros ortográficos, desconfie. Se a bula for uma cópia reprográfica, não compre o medicamento, pois esta deve ser impressa. Na embalagem não pode haver etiquetas que indiquem qualquer tipo de correção ou para ocultar algum tipo de informação.  Se você estiver em dúvida, procure o número de telefone do Serviço de Apoio ao Consumidor - SAC. Sua indicação é obrigatória. Ligue para a empresa e tire a sua dúvida. Garanta a sua saúde. Na página da internet da Anvisa há uma lista de medicamentos falsificados ao longo desses anos.

Prof. Dr. Paulo Angelo Lorandi, farmacêutico pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas-USP (1981), especialista em Homeopatia pelo IHFL (1983) e em Saúde Coletiva pela UniSantos (1997), mestre (1997) e doutor (2002) em Educação (Currículo) pela PUCSP. Professor titular da UniSantos. Sócio proprietário da Farmácia Homeopática Dracena.

* Texto publicado originalmente no Jornal da Orla

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