terça-feira, 27 de novembro de 2012

Organizações se posicionam em relação ao movimento da Anvisa

   Dando continuidade à discussão em relação ao movimento da Anvisa sobre medicamentos tarjados, o blog repercutiu o assunto com representantes do Conselho Regional de Farmácia e Associação Paulista de Medicina.

   Sabe-se que há uma facilidade para a comercialização de medicamentos de tarja vermelha. Na maioria das farmácias do Brasil é possível comprar medicamentos tarjados sem que lhe seja exigida uma prescrição médica. Porém, esta questão toca até no sistema de saúde brasileiro, pois, para que se tenha uma prescrição médica é necessário que se tenha um pronto atendimento, e isso chega a ser difícil mesmo nos planos de saúde particulares.

   Representante do Conselho Regional de Farmácia em Santos e farmacêutica, Roseli Simões Barreto afirma que mesmo com conhecimento da lei que determina que todos os medicamentos tarjados necessitem de prescrição, acredita em uma solução imediata, a criação de uma nova classe de medicamentos, na qual os farmacêuticos possam indicar. "Nós (farmacêuticos) temos condição de indicar medicamentos sem prejudicar" diz, lembrando em seguida que não são todos os medicamentos que podem ser indicados.

   Segundo Roseli Barreto, a importância da assistência do farmacêutico é reforçada quando se trata dos Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs), porém não é só nessas situações. "30% das cidades no Brasil não têm hospitais públicos" o que dificulta para a população ter receitas médicas, ou seja, de chegarem também a conseguir os medicamentos tarjados. Ela afirma que para se chegar a alguma conclusão que saia desse impasse, "vai precisar de muita discussão ainda."

   Roseli diz que nem sempre a automedicação começa no balcão da farmácia, pois a indústria farmacêutica não atende a demanda certa do usuário. Em alguns casos as pessoas necessitam tomar menos medicamento do que vem em uma embalagem.

   Diretor de Defesa Profissional da Associação Paulista de Medicina, João Sobreira de Moura neto mantém a cautela e afirma que a classe médica não faz mais do que a obrigação e segue a risca. "A classe médica segue a lei e é completamente contra a automedicação, qualquer medicamento pode ter efeito colateral.

Reportagem: Russel Dias, aluno do 4º semestre de Jornalismo

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