sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Filtro solar: escolha inteligente


Tomar sol é um hábito saudável que traz bem-estar físico e mental, estimula o bronzeamento da pele e osteoporose (essencial à produção da vitamina D e absorção de cálcio), entre outras coisas. Seus efeitos no ser humano variam segundo as características individuais da pele e também dependem do tempo de exposição, intensidade e frequência do sol.


O protetor solar é um bloqueador parcial dos efeitos potencialmente danosos da radiação ultravioleta. Muito importante na prevenção de queimaduras e do câncer de pele oriundos da radiação solar (presente mesmo em dias nublados), deve ser escolhido de acordo com o ambiente e situações as quais o uso se aplica, como banho de mar, dia-a-dia, etc.

A principal referência sobre a eficácia fotoprotetora considerada no ato da compra ainda é o Fator de Proteção Solar (FPS), porém, tão importante quanto observar esse número é atentar a quantidade e frequência ideais de aplicação, os dados relativos à resistência na água, proteção UVA/UVC e fotoestabilidade, importantes na correta fotoproteção.

Os protetores devem ser reaplicados tão frequentemente quanto necessário para manter a sua efetividade - após nadar, transpiração intensa, secagem com toalha, e em caso de exposição prolongada ao sol. Aparecem diferenciados em emulsão cremosa ou loção, spray aerosol e gel.

Cremes e loções constituem a melhor opção, pois em suas composições permitem a formulação com maior variedade de filtros, potencializando a ação fotoprotetora. Como a grande maioria dos filtros contidos nos protetores tem caráter lipídico, o de toque gorduroso é o mais eficaz embora traga certo desconforto ao usuário.

A textura leve dos chamados oil-free faz com que sejam os recomendados para pele mista a oleosa, comum a dos brasileiros. Por não aumentarem a oleosidade natural é uma alternativa adequada e amplamente empregada.

A quantidade ideal de protetor solar para cobrir todas as reentrâncias da pele corresponde em média a 2mg/cm2, ou seja: um adulto de altura e peso medianos, para uma eficaz proteção, deve utilizar de 30 a 40g por aplicação. Estes produtos são comumente comercializados em embalagens de 120ml, que seria suficiente então para 3 ou 4 aplicações em todo o corpo. Não é usual, ou até mesmo agradável, manter essa quantidade sobre a pele. O costume é espalhar o produto até que visualmente ‘desapareça’, mas o correto é que se façam aplicações generosas.

Os aerossóis, loções compostas basicamente de água e álcool, são fáceis de aplicar e evaporam rapidamente. Contudo, segundo estudos, seu emprego tem sido questionado em razão dos baixos níveis de proteção obtidos e pelo próprio efeito nocivo do álcool etílico sobre a pele.

Géis são preparações de baixo nível de fotoproteção devido ao pequeno número de filtros, que ao serem incorporados podem formar aglomerados visíveis a olho nu, não se distribuindo de forma homogênea no produto. Não obstante a isso, podem conter o já citado vilão álcool etílico. Seu uso é indicado para peles oleosas e acneicas, porém são plenamente substituíveis por loções oil-free.

O sol é essencial à vida na Terra. Importante é saber aproveitar protegido e sem excessos.

Suzana Silva de Oliveira - 8º semestre Farmácia

Referências
SCHALKA, Sergio; SILVA DOS REIS; Vitor Manoel. Fator de proteção solar: significado e controvérsias. São Paulo: Bras Dermatol. 2011. 86(3): 507-15.


FLOR, Juliana; DAVOLOS, Marian R; CORREA, Marcos Antonio. Protetores solares. Araraquara: Quim. Nova, 2007. Vol. 30, No. 1, 153-158.

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