quarta-feira, 15 de junho de 2016

Práticas não medicamentosas nas doenças articulares

Algumas doenças podem ser controladas ou amenizadas através de algumas ações não medicamentosas. Os objetivos, em geral, para o tratamento das doenças articulares, são alívio da dor, redução da incapacidade funcional e detenção da progressão da doença. Existem uma série de medidas que podem ser tomadas a fim de complementar o tratamento medicamentoso e atingir melhores resultados.

As medidas não farmacológicas compreendem educação do paciente e dos familiares, orientando-o sobre do que se trata a doença e motivando-o a aderir ao programa terapêutico para que haja sucesso no tratamento, fisioterapia e órteses. Órteses são dispositivos prescritos por médicos, os quais tem por objetivo manter a funcionalidade da articulação. As órteses são empregadas para estabilizar e poupar os esforços das articulações. O uso de palmilhas e bengalas também é útil na diminuição da dor e melhora da função.

De acordo com a localização da articulação acometida, o paciente deve ser orientado quanto à economia articular, como por exemplo, uso racional de objetos domésticos, automação de atividades, cuidados com rampas e escadas (principalmente com as articulações de membros inferiores) e deve se conscientizar das limitações impostas pela doença. Essas medidas educativas têm eficácia comparável ao tratamento com analgésicos, anti-inflamatórios e redução de peso (no caso de articulações dos membros inferiores).

Outra medida utilizada é a fisioterapia, a qual emprega termoterapia (por meio da alteração da temperatura) e eletroterapia (com uso de correntes elétricas) para o tratamento da dor e exercícios terapêuticos para a mobilidade articular e recuperação de força. Devem ser programados exercícios de alongamento, flexibilidade, fortalecimento muscular e melhora do condicionamento físico.

A acupuntura, mesmo não fazendo parte das recomendações da Sociedade Brasileira de Reumatologia, deve ser medida a ser considerada no tratamento da dor. Já existem estudos que demonstram seus benefícios no tratamento das dores articulares.

O planejamento das estratégias terapêuticas, sejam elas medicamentosas ou não, deve considerar alguns princípios, como por exemplo a intensidade dos sintomas e o grau de incapacidade funcional, o estilo de vida e aspectos que afetem a biomecânica e a utilização de medidas mais complexas apenas após a falha das mais simples. Em casos mais graves, pode ser necessária a realização de cirurgia, a qual será indicada pelo médico responsável pelo caso.

Thais Damin Lima - 7º semestre do curso de Farmácia

Referências:

FACCI, Ligia Maria, et al. Fisioterapia aquática no tratamento da osteoartrite de joelho: série de casos. Fisioterapia em Movimento, Curitiba, v. 20, n. 1, p. 17-27, jan./mar., 2007.

Silva NA, Montandon ACOS, Cabral MVSP. Doenças osteoarticulares degenerativas periféricas. Einstein, São Paulo,  v. 6, n. Supl 1, p. S21-S8, 2008.

Nenhum comentário:

Postar um comentário