quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Homens falam sobre o exame de câncer de próstata

Ficar refém de crenças sem fundamentos só contribui para a disseminação da má informação sobre o tumor que acomete os homens: o câncer de próstata. Quando se trata da saúde, vale a pena repetir o clichê de que é melhor prevenir do que remediar. Em alusão à doença, este mês é conhecido como Novembro Azul, para alerta e incentivo à prevenção. Mas é claro que a luta deve ser mantida durante todo o ano, principalmente para ajudar a quebrar diversos tabus.
Pensar nas possíveis consequências é o primeiro passo. E foi a partir deste pensamento que o analista ambiental José Adalberto Santos, de 58 anos, começou a realizar exames preventivos. Sem qualquer embaraço, ele diz que se preocupa com a questão e conta, inclusive, que já realizou o procedimento duas vezes. “Eu acho que é um conservadorismo e um machismo besta”.

Às vezes, a ‘desculpa’ é o constrangimento devido ao exame de toque retal. Em outras, a falta de tempo. Apesar da ciência sobre a importância de cuidar da saúde, o motorista Rogélio dos Santos, de 56 anos, confessa que nunca fez o exame e que raramente vai ao médico.  “Eu vou ter que fazer. O problema é a falta de tempo e a coragem. Mas tem que enfrentar”.

O silêncio é uma das principais armas da doença, que na maioria das vezes não apresenta sintomas. Renato Matos, vendedor autônomo de 61 anos, diz que faz parte dos que se previnem contra o câncer de próstata. Na mesma situação está o funcionário público Marcos Cruz Ramos, de 56 anos, que fará o exame pela primeira vez. Ele conta que a doença não acometeu parentes próximos, mas ainda assim prefere optar pela prevenção, tanto que já agendou o procedimento.

Brasil - De acordo com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), o câncer de próstata é o segundo que mais atinge homens em todo o Brasil e, em nível mundial, é o sexto mais comum. Pensar que um exame pode afetar a masculinidade e deixar que estigmas falem mais alto pode culminar em consequências indesejáveis. A conscientização precisa sobrepor o receio em consultar um médico urologista.


Liliane Souza – 4º semestre do curso de Jornalismo

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