segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Ansiedade

 Em tempos de eleições, quando a escolha dos representantes gera muita ansiedade por parte dos eleitores e também nos próprios candidatos, temos um problema quase crônico em nossa sociedade, a ansiedade, a que alguns autores denominam de “o mal da modernidade”. Ela pode ser confundida com muitos outros problemas, como estresse, depressão, síndrome do pânico e até mesmo patologias mais graves como esquizofrenia.

A ansiedade apresenta vários fenômenos que podem trazer benefícios ou prejuízos, dependendo da circunstância ou intensidade.

Nem sempre a ansiedade é negativa. A ansiedade funcional impulsiona o indivíduo para que ele se prepare para agir diante de algo importante. É um fator que estimula a pessoa a buscar os recursos que precisa para ser bem sucedido no que vai fazer. Também é importante para lidar com dificuldades ou momento de pânico.

 O mecanismo da ansiedade estimula o indivíduo a entrar em ação, porém, em excesso, faz exatamente o contrário, limitando reações, impedindo a realização de tarefas cotidianas. Os transtornos de ansiedade são doenças relacionadas ao funcionamento do corpo e às experiências de vida.

Vários fatores podem delimitar o limiar da ansiedade entre a dita normal e a patológica. O indivíduo pode sentir-se ansioso em situações como, por exemplo, uma entrevista de emprego, época de provas, doença na família, entre outras. Porém, ao sentir ansiedade sem nenhuma razão aparente, ou incontrolável perante circunstâncias corriqueiras, como usar o elevador, a sensação pode ser tão desconfortável que, para evitá-la, as pessoas deixam de fazer coisas simples por causa do desconforto que sente.

Os transtornos da ansiedade têm sintomas muito mais intensos do que a ansiedade do dia a dia. Seguem alguns exemplos de quando a ansiedade está se tornando patológica: preocupações, tensões (a pessoa não consegue relaxar); sensação contínua de que um desastre ou algo muito ruim vai acontecer; preocupações exageradas com saúde, dinheiro, família ou trabalho; medo extremo de algum objeto ou situação em particular; falta de controle sobre os pensamentos, imagens ou atitudes, que se repetem independentemente da vontade; pavor depois de uma situação muito difícil.

O tratamento para o transtorno da ansiedade pode envolver medicamentos (sempre com acompanhamento e receita médica) ou psicoterapia com psicólogos ou médicos psiquiatras; e, obviamente, a combinação dos dois tratamentos (medicamentos e psicoterapia).

A maioria das pessoas apresenta melhora e retoma suas atividades depois de algumas semanas de tratamento, por isso é importante procurar ajuda especializada. O diagnóstico precoce e preciso, um tratamento eficaz e o acompanhamento por um prazo longo, são imprescindíveis para que se obtenham resultados satisfatórios e menores prejuízos.

Melissa Guimarães Menezes – 8º semestre de Farmácia

Referências:
BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE DO MINISTÉRIO DA SAÚDE. Dicas em saúde: Ansiedade. [S.l.]: BVS, 2011. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br>. Acesso em: 08 out. 2014.

CASTILLO, A. R. G.L., et al.. Transtornos de ansiedade. Rev. Bras. Psiquiatr.,  São Paulo,  v. 22, dez. 2000. Supl. 2. Disponível em: <http://www.scielo.br >. Acesso em: 08 out. 2014.

GUTMAN, G.. Estresse, ansiedade e depressão; não necessariamente nessa ordem. Rev. latinoam. psicopatol. fundam.,  São Paulo ,  v. 13, n. 2, jun. 2010 .   Disponível em: <http://www.scielo.br>. Acesso em: 08 out. 2014.

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