quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Alcoolismo

 O álcool é a droga mais consumida no mundo, conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).  O alcoolismo é a dependência do indivíduo ao álcool, considerado como doença pela organização. O uso constante, descontrolado e progressivo de bebidas alcoólicas pode comprometer seriamente o bom funcionamento do organismo, levando a consequências irreversíveis.

O aspecto social do alcoolismo é tão devastador quanto seus prejuízos à saúde, pois além de prejudicar a sua própria vida, afeta também a sua família, amigos e vida profissional.

Quando ingerido, o álcool é absorvido rapidamente pelo estômago e duodeno e, logo, cai na circulação sanguínea. Na primeira passagem pelo fígado, começa a ser parcialmente metabolizado, ou seja, o organismo procura formas para eliminá-lo, destruindo suas moléculas e expelindo pequena porcentagem delas pela urina, suor, hálito, etc. É no fígado, portanto, que a estrutura química do álcool é alterada e ele é decomposto em gás carbônico e água.

Porém, nesse processo gera as substâncias que podem ser devastadoras ao organismo.  Em longo prazo, o álcool prejudica todos os órgãos, em especial o fígado, que é responsável pela destruição das substâncias tóxicas ingeridas ou produzidas pelo corpo durante a digestão. Dessa forma, havendo um grande teor de álcool no sangue, o fígado sofre uma sobrecarga para metabolizá-lo. O álcool no organismo causa inflamações como: gastrite, hepatite, pancreatite, neurite, entre outros órgãos e tecidos afetados.

O hábito de beber “socialmente” pode levar um indivíduo, que tem propensão ao alcoolismo, a desenvolver a dependência. Apesar de ser aceito pela sociedade, o álcool oferece uma série de perigos tanto para quem o consome quanto para as pessoas que estão próximas.

O abuso de álcool (mesmo em não alcoólatras) pode causar acidentes de trânsito, comportamentos antissociais, violência doméstica, problemas no trabalho, como propiciar acidentes de trabalho.
A dependência pelo álcool pode ser acompanhada por outros estágios da doença como: abuso (uso diário, vício), o uso excessivo, porém não continuado, quando a pessoa que se excede numa festa, por exemplo, perda de memória, episódios de alucinação, delírios, distúrbios de ansiedade, sexuais e do sono.

Pesquisas comprovam que alguns fatores genéticos aumentam o risco da doença. O alcoolismo ocorre com mais frequência em certas famílias, gêmeos idênticos, e mesmo em filhos biológicos de pais alcoólicos adotados por famílias de pessoas que não bebem.

A redução ou a interrupção do uso do álcool em pacientes dependentes produz um conjunto de sintomas chamado de síndrome de abstinência. Embora alguns pacientes possam experimentar sintomas leves, existem aqueles que podem desenvolver sintomas e complicações mais graves, levando-os até a morte.

Uma das formas de tratamento contra o alcoolismo é a estratégia delineada pelos Alcoólicos Anônimos. Esse grupo de auto-ajuda tem o programa dos 12 passos. Entre outras propostas, são possíveis outras terapêuticas como a medicamentosa, a de suporte psicossocial, etc.

Assim como o acompanhamento médico, psicológico, tratamento farmacológico, os Alcoólicos Anônimos, torna-se também uma opção dentre tantas outras para o tratamento, porém o dependente deve estar disposto a se tratar, para que as estratégias tornem-se efetivas.

Os Alcoólicos Anônimos é uma entidade fundada em 1935 direcionada a tratar do alcoolismo, mediante reuniões onde os participantes expõem seus problemas e, com o apoio mútuo, mantêm-se afastados do álcool. Seus membros buscam pautar sua conduta em relação ao álcool com uma frase: é melhor evitar o primeiro gole.

Melissa Guimarães Menezes – 8º semestre de Farmácia

Referências:
ALCOÓLICOS ANÔNIMOS. A doença do alcoolismo. São Paulo, s/d, JUNAAB - Junta de Serviços Gerais de Alcoólicos Anônimos do Brasil. Disponível em: <http://www.alcoolicosanonimos.org.br>. Acesso em: 25 out. 2014.

BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE DO MINISTÉRIO DA SAÚDE. Dicas em saúde: Alcoolismo. [S.l.]: BVS, 2014. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br>. Acesso em: 25 out. 2014.

SANTOS, M. A. Psicoterapia psicanalítica: aplicações no tratamento de pacientes com problemas relacionados ao uso de álcool e outras drogas. SMAD, Rev. Eletrônica Saúde Mental Álcool Drog. (Ed. port.), Ribeirão Preto, v. 3, n. 1, fev. 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br>. Acesso em: 25 out. 2014.

SIMON, R. Prevenção primária do alcoolismo: esboço de programa para população urbana brasileira. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 8, n. 3, set. 1974. Disponível em: <http://www.scielosp.org>. Acesso em: 25 out. 2014.

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