quarta-feira, 1 de abril de 2015

Os cuidados com a dengue

A dengue é uma doença viral, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Seus principais sintomas são febre alta repentina (39° a 40°C), dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, indisposição, enjoos, vômitos, manchas vermelhas na pele, dor abdominal (principalmente em crianças), entre outros sintomas para dengue clássica. Antigamente, fazia-se distinção entre os casos da hemorrágica, a qual apresentaria sintomatologia inicial semelhante à dengue clássica. Hoje, caracteriza-se apenas um tipo de dengue que pode se expressar em diferentes níveis de gravidade como com o surgimento de hemorragia, até a condição de choque e morte.

Ao observar os noticiários podemos notar um aumento de casos de dengue no ano de 2015, com probabilidade de superar o número de casos acontecidos em 2014, dito isto precisamos ficar atentos para uma situação bem corriqueira, que é a automedicação.

A automedicação é o ato de utilizar medicamentos por conta própria ou por indicação de pessoas não habilitadas, como vizinhos e amigos, para tratamento de doenças cujos sintomas são notados pelo usuário. O grande problema relacionado a isso é o risco de intoxicação, associado a outros como o de mascaramento de sintomas. Os analgésicos, os antitérmicos e os anti-inflamatórios representam as classes de medicamentos que mais intoxicam.

O cuidado com a dengue consiste em constante hidratação, uso de repelente e medicamentos para controle dos sintomas (dores e febre). Nessa condição, é bem comum o uso de dipirona e paracetamol como analgésico e antitérmico. A grande preocupação em relação ao paracetamol é sua ação tóxica no fígado, quando usado fora das doses terapêuticas recomendadas.

Nos Estados Unidos, estudos recentes têm apontado que 42% dos casos de falência aguda do fígado têm sido geradas pelo uso incorreto do paracetamol, medicamento de fácil acesso e sem controle de uso.  

Por outro lado, medicamentos como AAS e diclofenaco não podem ser utilizados por aumentar o risco de sangramento. Não se automedique, ao apresentar sintomas procure um médico, pois ele é o profissional capacitado para dar o correto diagnóstico e medicação.

Marina Maria de Oliveira - 9º semestre do curso de Farmácia

Referências:

ANVISA. Risco de intoxicação com analgésicos e antitérmicos. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/Anvisa+Portal/Anvisa/Pos+-+Comercializacao+-+Pos+-+Uso/Farmacovigilancia/Alertas+por+Regiao+Geografica/INFORMES/Informes+de+2002/Informe+SNVS+Anvisa+UFARM+n+2+de+25+de+fevereiro+de+2002> Acesso em: 25 de Março 2015

CAMELLO, T.C.F. Dengue, Chikungunya e Ebola: Viroses Ambientais. Disponível em: <http://www.e-publicacoes.uerj.br/ojs/index.php/sustinere/article/view/14122/10712> Acesso em: 27 de Março 2015

Automedicação. Rev. Assoc. Med. Bras. vol.47 no.4. Editorial. São Paulo Oct./Dec. 2001. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302001000400001> Acesso em: 27 de Março 2015


OLIVEIRA, A.V.C; ROCHA, F.T.R; ABREU, S.R.O. Falência Hepática Aguda e Automedicação. ABCD Arq Bras Cir Dig 2014;27(4):294-297. Disponível em: <http://www.combateadengue.com.br/sintomas-e-diagnostico/#ixzz3VQtqmj98> Acesso em: 25 de Março 2015

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