Suplementação de vitamina D

A vitamina D é de suma importância para a nossa saúde. Apesar do nome, a vitamina D é um hormônio que atua em importantes processos de manutenção dos teores cálcio, da saúde óssea e do sistema imunológico, entre outros. A exposição solar é a maior fonte para o nosso organismo obter essa substância, pois cerca de 80% do conteúdo corpóreo vem por essa via. A dieta equilibrada entra como fonte complementar, responsável por apenas 20% das necessidades corporais. Quando há carência dessa vitamina, deve-se buscar a via da suplementação, lembrando que o médico é o profissional responsável por avaliar a necessidade e prescrever esse suplemento. Não se automedique, nunca siga orientação de vizinhos ou amigos.

Na suplementação nos deparamos com diversos tipos de vitamina D. Na verdade, a vitamina D é um conjunto de substâncias, não apenas uma única. Neste complexo temos colecalciferol mais conhecido como vitamina D₂ e ergosterol a chamada vitamina D₃, sendo as mais importantes, embora tenhamos cerca de outros 10 compostos que expressem atividade. Ao ir a uma farmácia, na busca dessa vitamina, depararemos com alguns desses nomes, o que nos leva a pensar que existem diferentes ações e importâncias para cada uma.

Em nosso organismo, a substância efetiva é o calcitriol. Independentemente da fonte, seja ela proveniente da pele, da dieta ou da suplementação, o fígado e o rim são órgãos que irão fazer alterações químicas necessárias para a produção do calcitriol. Dito isto, ao ingerirmos estas vitaminas D, na verdade estamos recebendo no nosso organismo moléculas que irão originar aquela que precisamos para ter o benefício esperado. Então, ao ingerirmos D₂ ou D₃, teremos a mesma ação biológica. Alguns estudos mostram uma leve vantagem de realizar a suplementação com ergosterol (Vitamina D3) por ser mais barata e aumentar os níveis sanguíneos de calcitriol. Mas não nenhuma outra vantagem.

  

Marina Maria de Oliveira – 9º semestre  do curso de Farmácia

Referências:

CASTRO, L.C.G.O sistema endocrinológico vitamina D. Arq Bras Endocrinol Metab. 2011;55/8. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302011000800010> Acesso em: 3 de Abr 2015.

FERRAZ et al. Eficácia da suplementação com vitamina D3 comparada à vitamina D2 com base na 25-Hidroxivitamina D Sérica. Science in Health, jan-abr 2014; 5(1): 21-4. Disponível em: <http://arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/new/revista_scienceinhealth/13_jan_abr_2014/Science_05_01_21-24.pdf> Acesso em: 5 de Abr 2015.

MARQUES et al. A importância dos níveis de vitamina D nas doenças autoimunes. Rev Bras Reumatol 2010;50(1):67-80. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042010000100007>. Acesso em: 3 de Abr 2015.

PAIXÃO, J.A.; STAMFORD, T.L.M. Vitaminas Lipossolúveis em Alimentos. Quim. Nova, Vol. 27, No. 1, 96-105, 2004. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/qn/v27n1/18818.pdf>  Acesso em: 3 de Abr 2015.