segunda-feira, 12 de outubro de 2015

O poder das vacinas

A vacinação é considerada uma das políticas de saúde pública mais efetivas e de menor relação entre o custo e o benefício, utilizada no controle e na prevenção de doenças. No Brasil, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) oferece de forma universal o acesso às vacinas, sendo considerado um dos mais completos dentre os países em desenvolvimento.

A primeira vacina utilizada no mundo foi a da varíola. No ano de 1976, Edward Jenner inoculou em um menino de 8 anos o pus retirado de uma pústula de uma paciente com doença parecida com a varíola. O garoto contraiu uma infecção extremamente benigna e, dez dias depois, estava recuperado. Meses depois, Jenner inoculou no garoto o próprio pus varioloso, qual foi a surpresa que o menino não apresentou nenhum sintoma da doença. Assim, começou o caminho para a produção das vacinas. Esse momento é considerado um ponto de viragem na guerra contra os microrganismos. Com isso, foi possível apresentar um dispositivo para salvar vidas mais rentável da história.  Desde sua implementação, foram eliminadas importantes viroses no mundo com altos índices de mortalidade como a poliomielite, o sarampo e a rubéola.

Imunidade significa proteção, somos dotados de mecanismos anti-infecciosos inespecíficos, que nos protegem parcialmente contra as infecções e doenças. Há também aqueles ditos específicos, que são adquiridos mediante a um estímulo prévio, ou seja, a exposição à doença ou ao agente infeccioso. A resposta imune específica provocada por antígenos, que são os agentes infecciosos ou alguma substância presente neles, pode garantir, como resultado, a proteção duradoura contra o agente. Se exposto novamente ao mesmo agente, o organismo terá a memória para combate-lo de forma rápida e precisa, não desenvolvendo a doença.

A vacina é considerada um medicamento imunológico que contém um ou mais agentes imunizantes (vacina isolada ou combinada) sob diversas formas. Pode ser composta por suspensão de micro-organismos atenuados, mortos ou componentes que são frações das mesmas. Ao serem aplicadas, o organismo os reconhece como substância estranha e, em seguida, responde com o sistema imunológico com o fim de metabolizá-los, neutralizá-los e/ou eliminá-los. 

É importante salientar que apresentam poucos e raros efeitos adversos. Os mais comuns são febre baixa, dor e mal-estar. Algumas pessoas podem apresentar alergia a algum dos componentes da vacina, porém são situações raras.

Como visto, a vacinação apresenta-se como um grande meio de promoção e manutenção da saúde. Mantenha sempre em dia o seu calendário vacinal, a prevenção de hoje evita problemas futuros. No caso de dúvidas procure a orientação de um profissional da saúde.

Marina Maria de Oliveira – 10º semestre do curso de Farmácia

Referências:

PULENDRAN, B,; AHMED, R. Immunological mechanisms of vaccination. Nat Immunol., v.16, n.6, p.509–517, 2011.

LUNA, G.L.M. et al. Aspectos relacionados à administração e conservação de vacinas em centros de saúde no Nordeste do Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, v.16, n.2, p.13-521, 2011.

PLOTKIN, S. History of vaccination. PNAS, v.111, n.34, p.12283–12287, 2014.

HOMMA, A. et al. Atualização em vacinas, imunizações e inovação tecnológica. Ciência & Saúde Coletiva, v.16, n.2, p.445-458, 2011.


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