segunda-feira, 13 de março de 2017

Riscos dos anticoncepcionais

O planejamento familiar na vida da mulher é crucial para que a família possa estar em condições psicológicas e financeiras adequadas para ter capacidade de cuidar de uma criança. A gravidez precoce pode desestabilizar tanto a saúde mental dos pais quanto a dos filhos, além de muitas vezes acabar prejudicando a educação que a criança deveria ter dos pais. O conhecimento de métodos contraceptivos é de total importância para evitar situações indesejadas em determinado momento da vida.

Dos métodos contraceptivos, existem dois tipos: métodos contraceptivos físicos, ou de barreira, e os métodos contraceptivos químicos, ou hormonais. Os métodos físicos, como a utilização de preservativos, são os mais práticos e seguros para se prevenir de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) durante o ato sexual. Os métodos químicos mais conhecidos são os anticoncepcionais orais ou injetáveis. Os métodos químicos deveriam restringir-se aos casais com relacionamentos estáveis, principalmente porque é preciso lembrar que os contraceptivos não previnem DST.

Quando se fala de medicamento, sempre há uma relação de risco e benefício. Uma das consequências mais conhecidas do uso de contraceptivos é o risco de trombose arterial e venosa. A maior população de risco se encontra em mulheres com disposição a doenças cardíacas, fumantes ou com idade superior a 35 anos. Isto acontece por conta da presença do estrogênio na composição do contraceptivo, que é capaz de aumentar a formação de substâncias que levam à agregação de células sanguíneas, havendo então a formação de trombos na corrente sanguínea.

Essa agregação de células sanguíneas no sangue, até certo grau, é fisiologicamente normal e serve para conter sangramentos no nosso organismo. Porém, quando ela é provocada sem necessidade e de uma maneira intensa como podem fazer os anticoncepcionais, isso pode ser um fator decisivo para ocorrer um acidente grave, como um acidente vascular encefálico. Além disso, os anticoncepcionais podem fazer com que a constituição do sangue se modifique, o que favorece sua agregação, podendo ocasionar coágulos que futuramente poderiam vir a causar uma embolia pulmonar.

Por mais que o contraceptivo possa trazer segurança durante a realização do ato sexual, impedindo uma possível gravidez, é importante refletir sobre a necessidade da utilização do medicamento em vez dos preservativos. Se houver a necessidade e desejo da utilização dos anticoncepcionais, não o faça sem a indicação de um profissional habilitado como o médico. Oriente-se com um farmacêutico a respeito.

João Gabriel Gouvêa da Silva – 5° semestre do curso de Farmácia

Referências:
SANTOS, C.A.C.; NOGUEIRA, K.T. Gravidez na adolescência: falta de informação? Rev. Adolescência & Saúde. Rio de Janeiro, v. 6, n.1, abril 2009.

ÁVILA, W.S.; TEDOLDI, C.L. Planejamento familiar e anticoncepção. Arq. Bras. Cardiol. São Paulo, v.93, n.6, dez. 2009.


ALMEIDA, A.P.F.; ASSIS, M.M. Efeitos colaterais e alterações fisiológicas relacionadas ao uso contínuo de anticoncepcionais hormonais orais. Rev. Eletrôn. Atualiza Saúde. Salvador, v. 5, n. 5, p. 85-93, jan./jun. 2017.

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