quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Abordagem sobre estatinas

As estatinas são a classe medicamentosa utilizada para reduzir os níveis lipídicos, em especial o colesterol, recomendada na prevenção de hiperlipidemias. Esse desequilíbrio pode ter origem genética (dislipidemia primária), ser devido a outras doenças ou ao uso de medicamentos, como para o controle de hipotireoidismo, diabetes melito, síndrome nefrótica, insuficiência renal crônica, obesidade, alcoolismo, icterícia obstrutiva, uso de doses altas de diuréticos, betabloqueadores, corticosteroides e anabolizantes.

Descoberta em 1971, a partir da bactéria Aspergillus terreus, a primeira estatina apresentada no mercado recebeu o nome de lovastatina, em 1996. A partir de 1997, novos derivados sintéticos foram introduzidos, como a atorvastatina, cerivastatina e a rosuvastatina. O mecanismo de ação da estatina consiste na inibição da enzima que realiza a síntese de colesterol intracelular, reduzindo sua disponibilidade e impedindo que este circule livremente depositando-se sobre as paredes de artérias e veias, consequentemente diminuindo a chance de doenças cardiovasculares, que são a grande preocupação do momento.

Níveis elevados de lipídios podem acarretar em pressão arterial elevada, acidente vascular encefálico, infarto, entre outros quadros clínicos. Estudos epidemiológicos e de intervenção com o uso de estatinas, demonstram que a redução dos níveis lipídicos influencia diretamente na diminuição das chances de haver complicações cardiovasculares, tanto em pacientes em estágio primário, quanto em pacientes em estágio secundário.

O sucesso farmacoterapêutico proveniente do uso das estatinas para a redução de colesterol influenciou para que estas se tornassem no geral a primeira estratégia farmacológica a ser adotada. Sendo seus efeitos variantes do tipo de estatina e da dose empregada, podendo ser associada com outros medicamentos para a diminuição do nível lipídico. É comum a associação com ezetimiba, resinas, ácido nicotínico e fibratos. Recomenda-se que seu uso seja realizado no período noturno e de maneira continua, no entanto em qualquer dúvida, orienta-se que o paciente procure o farmacêutico ou seu médico para o esclarecimento. 

Mayra Ivonete Wessling – 6º semestre do curso de Farmácia.

Referências:

CAMPO, Vanessa Leiria; CARVALHO, Ivone. Estatinas hipolipêmicas e novas tendências terapêuticas. Quím. Nova,  São Paulo ,  v. 30, n. 2, p. 425-430,  Apr.  2007.

LINARELLI, Maria Conceição Barbosa; POTT JR, Henrique. Estatinas: uma revisão sobre aspectos vasculares. Rev. Ciênc. Méd., Campinas, 17(1):43-52, jan/fev., 2008.

SANTOS, R.D. et al . I Diretriz sobre o consumo de gorduras e saúde cardiovascular. Arq. Bras. Cardiol.,  São Paulo ,  v. 100, n. 1, supl. 3, p. 1-40,  Jan.  2013.

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