quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Mês de conscientização sobre o aleitamento materno

Agosto é o mês do aleitamento materno, de acordo com a legislação brasileira. Não se trata apenas de mais uma data comemorativa, mas de um momento dedicado à intensificação de ações para conscientizar e explicar a importância do leite materno para o desenvolvimento do bebê. Muito se fala sobre isso, mas, na prática, apenas 38% das crianças do mundo são amamentadas exclusivamente com leite materno até os seis meses, conforme dados da Organização Mundial da Saúde.

Segundo a professora mestre Joice Maria Pacheco Antonio Fernandes, coordenadora do curso de Enfermagem da UniSantos, além de passar os nutrientes necessários para o crescimento do bebê, o leite materno ajuda na digestão e na defesa do organismo. Joice ressalta que ele já é um alimento completo, que inclusive deve ser dado por livre demanda. Por isso, não é preciso complementar com outros alimentos, pelo menos até os seis meses de vida.  

Isso não significa que os industrializados não possam ser benéficos. Joice explica que para casos específicos, como o de bebês alérgicos ao leite materno, eles são fundamentais. Mas não basta dizer “não tenho leite” e logo em seguida alimentar o bebê com leites em pó e de caixinha, ou até mesmo deixar que outra mulher amamente.

A professora conta que é preciso estímulo mamário para que possa haver a formação de leite. Isso significa que qualquer mulher pode, mesmo sem estar grávida? De acordo com a professora, sim. Ela explica que até mesmo no ato sexual, quando há excesso de estímulo mamário, é possível que isso aconteça. “Não é a gravidez que forma leite. É a estimulação sensorial e tudo. O estímulo é o que faz com que você tenha mais ou menos leite. Se você parar de estimular ele vai diminuindo”.

Existem alguns fatores que impedem a formação de leite, como o uso de hormônios para evitar a gravidez. É o caso do estrógeno, presente em anticoncepcionais. “Caso a mulher tenha acabado de ter o neném, se for usar hormônios, só à base de progesterona. Senão ele breca a formação do leite”, diz a docente.

Mas não basta ter leite para poder amamentar. É preciso fazer uma série de exames, caso contrário, o bebê pode ser infectado. As doenças maternas mais comuns são causadas por vírus, bactérias e fungos. 

Doação de leite – Mulheres que produzem um volume excedente de leite podem ser doadoras de um Banco de Leite Humano. Em Santos, o banco de leite fica no Hospital Guilherme Álvaro (Rua Doutor Oswaldo Cruz, 197 Boqueirão). Clique aqui e confira a lista de bancos de leite em todo o país.


Liliane Souza – 8º semestre do curso de jornalismo

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