sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Insuficiência cardíaca

O coração é um dos órgãos mais importantes do organismo. Ele é o responsável por bombear o sangue dentro dele para o resto do organismo, nutrindo outros órgãos e tecidos. Quando esta função é comprometida os resultados refletem no organismo inteiro. Insuficiência cardíaca é o nome dado para qualquer disfunção, fisiológica ou anatômica, que comprometa a ação de preenchimento e ejeção de sangue por parte do coração.

A insuficiência cardíaca possui vários fatores de risco, tais como a hipertensão arterial, diabetes mellitus, doença de chagas e obesidade. Por mais que alguns desses fatores de risco citados possam ser mais comuns, se controlados de maneira adequada, as probabilidades de se desenvolver a insuficiência cardíaca serão mínimas.

A maior problemática da insuficiência cardíaca é de que, se não diagnosticada precocemente, haverá poucas chances de reverter o quadro clínico da doença. Desta forma, o médico só poderá optar por tratamentos que impeçam a sua progressão, não havendo como optar por tratamentos que curem a doença.

O estágio em que a doença se encontra pode ser colocado em diferentes classes. O que classificará em que classe se encontra a insuficiência cardíaca é o cansaço que cada paciente sente ao realizar determinadas atividades físicas. Indivíduos que sentem dificuldade respiratória durante a realização de atividades físicas, como longas corridas, tem nível de comprometimento menor. Já indivíduos que encontram dificuldade em caminhadas, tem nível de compromentimento maior e assim sucessivamente até atingir o estágio em que o indivíduo se cansa até em estado de repouso.

O tratamento para esta patologia vai depender do estágio em que ela se encontra, sendo que nos estágios iniciais, quando é possível se reverter o caso clínico, pode se administrar medicamentos que vão dar o suporte necessário para o coração se tornar forte novamente. São exemplos: beta-bloqueadores como o propanolol e o carvedilol, sendo o segundo a opção mais adotada. Para pacientes que se encontram em estágios mais avançados, esses medicamentos não serão adequados, sendo necessária administração de medicamentos chamados digitálicos, que irão fornecer a força que o coração precisa.

A diferença entre esses medicamentos é que os beta-bloqueadores dão o subsídio necessário para o coração voltar a ser potente como antes, enquanto os digitálicos conferem força para o coração apenas enquanto ainda estão sendo administrados. O mais importante é trabalhar a prevenção, portanto consulte seu cardiologista no mínimo uma vez por ano. Quanto ao uso de medicamentos sempre consulte o farmacêutico e não saia de uma farmácia com duvidas, o conhecimento sobre o tratamento que se esta realizando é imprescindível para o paciente aderir à terapia de maneira consistente.

João Gabriel Gouvêa da Silva –  6º semestre do curso de Farmácia.

Referências:

SANTOS, I.S.; BITTENCOURT,  M.S. Insuficiência cardíaca. Rev Med. São Paulo, v. 87, n.4, p.224-231, Out./Dez. 2008.

LESSA, I. Epidemiologia da hipertensão arterial sistêmica e da insuficiência cardíaca no Brasil. Rev Bras Hipertens. Rio de Janeiro, v.8, n.4, Out./Dez. 2001.

CASTRO, R.A. Adesão ao tratamento de pacientes com insuficiência cardíaca em um hospital universitário. Rev. Gaúcha Enferm.. Porto Alegre, v.31, n.2,  Jun. 2010



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