terça-feira, 1 de setembro de 2015

Disfunção erétil

As várias formas de impotência, termo popular para disfunção erétil (DE), atingem aproximadamente 5% a 10% dos homens em níveis de moderado a severo. Caracteriza-se como uma disfunção sexual que impede uma ereção persistente para um desempenho sexual satisfatório. Há várias causas para disfunção erétil, sendo elas psicológicas e orgânicas. Para essa última, as principais são neurogênicas, vasculares, endocrinológicas ou devido alguns medicamentos como propranolol, fluoxetina, dentre outros.

Trata-se de uma condição não fatal, porém afeta a saúde física e psicológica, tendo impacto significativo na qualidade de vida dos portadores, suas parceiras e famílias. Pode ser indicativo da presença doenças subjacentes, como fator de risco associado, aos que já são bem conhecidos, tais como a hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, cardiopatias, tabagismo, consumo excessivo de álcool, obesidade, doenças prostáticas, depressão e idade. Estudos realizados no Brasil, em três regiões diferentes, acerca das dificuldades de ereção encontraram 46,2% de DE (31,5% mínima, 12,1% moderada e 2,6% completa).

Na maioria dos casos, por não terem causas tão claras trata-se usando medicamentos orais, passando por injetáveis até a colocação de próteses penianas, quando esgotadas as possibilidades com os medicamentos via oral.

Há também, no caso de uma origem psicogênica, terapia sexual associada ou não a medicamentos. Em casos de alguma disfunção hormonal, há a reposição de testosterona.

Os fármacos de administração oral tornaram-se a terapia de primeira escolha para os mais diversos casos de DE, destacando-se entre eles sildenafil, o conhecido ViagraR ou pílula azul. É um agente condicionador da ereção peniana mediante estímulo sexual, sua ação resulta em maior relaxamento da musculatura dos vasos sanguíneos penianos, levando a maior acúmulo de sangue.  Seu uso é contraindicado em pacientes com problemas cardíacos ou que fazem uso de nitratos devido ao risco de desenvolvimento de hipotensão grave. As próteses penianas são indicadas para casos mais graves e que já tenham sido utilizadas as opções acima. Para que tenha sucesso os pacientes precisam ter a libido preservada, condição física que permita o intercurso sexual e orgasmo presente ainda que com o pênis flácido.

É importante notar que há um aumento de uso entre os jovens para que melhorem seu desempenho sexual, ação que o medicamento não realiza; além do fato de que poderá trazer prejuízos futuros. Os fármacos são indicados somente para pacientes com disfunção erétil diagnosticada e sob acompanhamento médico.

Marina Maria de Oliveira - 10º semestre do curso de Farmácia

Referências:

ABDO, C.H.N. et al. Disfunção erétil- resultados do estudo na vida sexual do brasileiro. Rev Assoc Med Bras, maio 2006.

CERESER, K.M.M.; MOURA, R.L. Aspectos farmacológicos do citrato de sildenafila no tratamento da disfunção erétil. Rev. Bras. de Med., v. 59, n. 4, abr 2002

NEVES, G. et al . Agentes dopaminérgicos e o tratamento da disfunção erétil. Quim. Nova, v. 27, n. 6, 2004.

STEFANO, G.B.G. Como Diagnosticar e Tratar Disfunção sexual erétil. Rev. Bras. de Med., v.69, n.12, dez 2012.


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