sexta-feira, 13 de maio de 2016

Uso de benzodiazepínicos no estresse

O que é estresse? Estresse pode ser algo físico, psicológico ou social. É a resposta do organismo a algum estímulo externo, podendo ser desde uma lesão física até algo emocional. Como por exemplo, provas importantes, vivenciar luto, ansiedade, depressão, pressão no trabalho, entre outros. O estresse também pode ser em decorrência de uma situação traumática, fazendo com que o indivíduo passe por angústia quando se depara com uma situação parecida a que gerou o trauma inicial.

Sintomas de estresse incluem cansaço mental, dificuldade de concentração, perda de memória imediata e outros. Quando o sentimento de estar estressado persiste por um longo período, o sistema imunológico (defesa do organismo) não responde com eficácia a esses estímulos, aumentando a possibilidade de se contrair doenças.  De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o estresse afeta mais de 90% da população mundial.

Esses sintomas podem ser aliviados incorporando algumas práticas prazerosas no dia-a-dia, como uma atividade física, yoga ou um hobby. Em alguns casos pode ser necessário o acompanhamento por um especialista, como um psicólogo.

Ao lidar com uma situação estressante por muito tempo, seria necessário ter um certo afastamento da situação que desencadeia o estresse. Em casos que não é possível ter o afastamento da situação e a incorporação de práticas prazerosas não surte o efeito necessário, pode-se ser o caso de entrar com a medicação.

A classe de medicamentos benzodiazepínicos é uma das utilizadas no tratamento do estresse, popularmente são conhecidos como calmantes. Eles podem modular os estímulos excessivos, reduzindo, hipoteticamente, o estímulo excedente. Entre as ações farmacológicas dessa classe, o mais interessante neste caso é o efeito ansiolítico (diminui a ansiedade) e o relaxamento muscular, ou seja, o alívio da tensão.

Os medicamentos desta classe têm alguns efeitos adversos importantes, como redução do estado de alerta, sonolência, tontura, amnésia, dificuldade motora e outros. Ao ser misturado com o álcool, a chance desses efeitos adversos acontecerem se elevam, principalmente a sonolência e dificuldade motora.

Fazer o uso de benzodiazepínicos por um longo período, aumentam as chances do desenvolvimento de abstinência, no momento que o tratamento for reduzido ou interrompido. É importante seguir as orientações médicas e ter cuidado aos horários de ingestão do medicamento.

Juliana Soares do Espirito Santo – 3º semestre do curso de Farmácia

Referências:

NASTASY, H; RIBEIRO, M; MARQUES, A.C.P.R. Projeto diretrizes. Associação Brasileira de Psiquiatria. Junho, 2008.

CARLINI-COTRIM, B; NAPPO, S. Pesquisas epidemiológicas sobre o uso de drogas entre estudantes: um manual de orientações gerais. São Paulo: Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas/ Departamento de Psicobiologia da Escola Paulista de Medicina; 2010.

MARGIS, R; PICON, P; COSNER, F. A; SILVEIRA, O. R. Relação entre Estressores, Estresse e Ansiedade. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rprs/v25s1/a08v25s1

Stahl, S.M. Psicofarmacologia – Base Neurocientífica E Aplicações Práticas. 4º edição. Rio de Janeiro,2012. Editora Guanabara Koogan.

Estresse – O percurso do stress e suas etapas. Disponível em: http://www.estresse.com.br/publicacoes/o-percurso-do-stress-suas-etapas/


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