Recentemente, a Associação
Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO) divulgou
um estudo sobre obesidade publicado na revista “The Lancet”. Este estudo revela
que a obesidade no mundo dobrou. Em 1980, a obesidade nos homens era de 4,8% e
nas mulheres, de 7,9%. Já em 2008, a relação para os homens quase que dobrou
(9,8%) e teve um aumento significativo para as mulheres (13,8%). Em números
absolutos, quase meio bilhão de pessoas são obesas no mundo.
A obesidade pode trazer
muitos males orgânicos, além de problemas estéticos. Pessoas obesas têm maior probabilidade
de desenvolver doenças como pressão alta, diabetes, problemas nas
articulações, dificuldades respiratórias, gota, pedras na vesícula e até algumas
formas de câncer. Por isso, há
grande necessidade em realizar esforços para tentar inverter esse quadro.
O hipotálamo é a área
cerebral responsável pela saciedade e também pela fome.A fome física é quando
uma pessoa está sem comer por umas 4 a 5 horas. Com déficit de energia, ela
precisa se alimentar, sendo saudável e necessário. Ao ingerir alimento, sinais
químicos e nervosos sinalizam ao hipotálamo a introdução de alimentos/calorias,
criando a sensação de saciedade, fazendo-o diminuir, naturalmente, a ingestão
de alimentos. Um desses sinais é a dilatação do estômago. Com isso a pessoa sente-se satisfeita
e para de comer.
Maus hábitos de
alimentação (ingestão de líquidos durante a refeição, comer muito rapidamente,
consumir muitos alimentos industrializados, muito calóricos e pouco nutritivos,
entre outros), que estimulem o indivíduo a comer demais, fazem com que o
estômago se dilate ainda mais, gerando problemas para a sinalização para o fim
da refeição. Podemos afirmar que a obesidade é um problema social
causado por alterações de comportamento. Em vista disso, a intervenção do
Estado assume capital importância. No Brasil, a Anvisa tem se preocupado com o
assunto, estimulado a discussão do tema e emitido resoluções para o controle
dos anorexígenos.
Como já mencionado, a
sibutramina é a única substância liberada, porém o seu uso tem sido muito
contestado pelos efeitos colaterais como aumento da pressão arterial, elevação
da frequência cardíaca, dores de cabeça, boca seca, insônia e prisão de ventre.
Efeitos resultantes do seu mecanismo de ação. A sibutramina provoca, no
usuário, a sensação de saciedade, por ação serotoninérgica, além de controlar a
fome por efeito adrenérgico.
Em 2011,
a Anvisa emitiu a RDC 52/11 que dispõe “sobre a proibição do uso das
substâncias anfepramona, femproporex e mazindol,seus sais e isômeros, bem como
intermediários e medidas de controle da prescrição e dispensação de
medicamentos que contenham a substância sibutramina, seus sais e isômeros, bem
como intermediários e dá outras providências”. Essas resoluções são decisões da
Diretoria Colegiada que é composta por cinco integrantes selecionados pelo
Senado Federal. Suas decisões são feitas através de um sistema de colegiado.
Isadora
Dias Ribeiro Santos – 5º semestre de Farmácia
Referências
SANTOS, B. Número de Obesos no Mundo Quase Dobrou
Desde 1980. ABESO.2011. Disponível em < http:/
/www.abeso.org.br/lenoticia /650/numero+de+obesos+no+mundo+quase+
dobrou+desde+1980.shtml> Acesso em: 10 jun 2013
ABBOT LABORATÓRIOS. REDUCTIL®cloridrato
de sibutramina monoidratado.Bula de medicamento. Disponível em <http://www4
.anvisa.gov.br/base/visadoc /BM/BM%5 B25274 -1-0%5D.PDF> Acesso em: 10 jun
2013
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