As interações medicamentosas entre medicamentos e
alimentos não são tão conhecidas çquanto os outros tipos de interações, tais
como, medicamento com álcool e medicamento com outros medicamentos. Por
não parecer tão perigoso, acaba sendo um assunto esquecido pelos pacientes e
até mesmo pelos próprios médicos e profissionais da área da saúde.
Por ser alimento, e ser considerado natural, não se
imagina que possa haver interações. Os alimentos podem causar alterações
nos efeitos farmacológicos ou na metabolização do fármaco e, por outro lado,
também pode haver implicação no aproveitamento do próprio nutriente.
Essas interações podem ocorrer em qualquer fase da
ação do medicamento. Os alimentos podem interferir na absorção, distribuição ou
armazenamento do medicamento nos tecidos. Além disso, poderá modificar a
metabolização ou até na excreção da substância medicamentosa. As consequências
podem ser a modificação do tempo de disponibilidade, da ação
ou da toxicidade destas substâncias.
As interações são classificadas em
físicos-químicas, fisiológicas ou patofisiológicas. As físico-químicas são
aquelas quando os componentes alimentares e os fármacos formam complexos e
precipitados impedindo ou comprometendo a absorção de medicamento.
O ácido tânico presente em cafés e chás mate podem
precipitar vários tipos de medicamentos, tais como clorpromazina, flufenazina,
prometazina, alcaloides, entre outros.
As tetraciclinas devem ser administradas longe das
refeições, mesmo podendo irritar o estômago. Estas formam complexos com o
cálcio do leite, dificultando sua absorção. As tetraciclinas como outros
medicamentos de difícil absorção gastrointestinal ou instáveis em meio ácido
devem ser administrados longe das refeições.
As fisiológicas são as que induzem modificações
orgânicas tais como no tempo de esvaziamento gástrico, metabolização e
clearance renal (a capacidade de retirada, pelos rins, de alguma substância da
corrente sanguínea).
O volume, a temperatura, a viscosidade, a pressão
osmótica, o caráter ácido básico dos alimentos, alteram o tempo de esvaziamento
gastrintestinal e as condições de solubilização.
Os alimentos com altas taxas gordurosas estimulam a
secreção da bile. Os ácidos e sais biliares, por suas propriedades detergentes,
aumentam a dissolução e favorecem a absorção de nutrientes e de fármacos.
Medicamentos lipossolúveis, como Carbamazepina, Fenitoína, Griseofulvina,
Nitrofurantoína, têm sua absorção aumentada com dietas lipídicas. A L-Dopa e a
Metildopa competem com os aminoácidos provenientes de uma dieta proteica pelos
transportadores ativos responsáveis por sua absorção, reduzindo-os.
Outro exemplo de interação na qual a interferência
é fisiológica é quando a pessoa ingere um medicamento ácido fraco, como por exemplo, o ácido acetilsalicílico, aminoglicosídeos,
barbitúricos, diuréticos, penicilinas ou sulfonamidas, e tem
uma dieta alcalina , limão, cebola alho, mamão, brócolis, melancia, óleo de
oliva, isso faz com que aumente a excreção do fármaco, por causa da urina
alcalinizada. E, por outro lado, com o mesmo raciocínio, acontece com as bases
fracas tais como amitriptilina, anfetamina, cloroquina, morfínicos ou teofilina com uma alimentação
ácida como a ameixa, carnes, frutos do mar, pães, biscoitos, arroz branco,
amendoim, sorvete, cerveja,refrigerantes tendo sua excreção aumentada pela
acidificação da urina.
Os aminoácidos aumentam a atuação enzimática do
sistema citocromo P450 hepático, enquanto os açúcares e ácidos graxos exercem
efeitos opostos no mesmo sistema enzimático.
Sendo assim a meia-vida plasmática de muitos medicamentos pode ser diminuída quando a alimentação forem predominantes proteicas ou aumentado com dietas ricas em açucares e gorduras.
Sendo assim a meia-vida plasmática de muitos medicamentos pode ser diminuída quando a alimentação forem predominantes proteicas ou aumentado com dietas ricas em açucares e gorduras.
Os queijos, iogurte e vinhos possuem tiramina e essa
estimula a liberação de noradrenalina nas terminações adrenérgicas, aumentando
os efeitos dos IMAO.
E as patofisiológicas ocorrem quando o quadro
nutricional dom indivíduo prejudica a ação do fármaco.
As deficiências
nutricionais resultam de quantidades de nutrientes essenciais ingeridas em
poucas quantidades, o que gera um déficit do estado nutricional. Este, por sua
vez, pode afetar a ação do fármaco, por alterar a absorção, a distribuição, a metabolização
e a excreção, influenciando, portanto, a resposta terapêutica. Um fator muito importante na dieta são as proteínas.
Um regime alimentar com elevado teor de proteína e baixo teor de carboidrato aumenta a velocidade do metabolismo do fármaco, enquanto dieta com baixo teor de proteína e alto teor de carboidrato favorece o efeito contrário. A proteína e outros nutrientes podem influenciar a atividade enzimática do citocromo P450 hepático no ser humano. Desta forma, a meia-vida plasmática de vários fármacos pode ser alterada em função dos nutrientes oferecidos pela dieta, aumentando ou reduzindo a atuação deste sistema enzimático. Vários nutrientes como zinco, magnésio, ácido ascórbico e riboflavina apresentam papel de grande relevância na metabolização hepática de fármacos.
Um regime alimentar com elevado teor de proteína e baixo teor de carboidrato aumenta a velocidade do metabolismo do fármaco, enquanto dieta com baixo teor de proteína e alto teor de carboidrato favorece o efeito contrário. A proteína e outros nutrientes podem influenciar a atividade enzimática do citocromo P450 hepático no ser humano. Desta forma, a meia-vida plasmática de vários fármacos pode ser alterada em função dos nutrientes oferecidos pela dieta, aumentando ou reduzindo a atuação deste sistema enzimático. Vários nutrientes como zinco, magnésio, ácido ascórbico e riboflavina apresentam papel de grande relevância na metabolização hepática de fármacos.
Isadora Dias Ribeiro Santos – 6º semestre de Farmácia
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Disponível em
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http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/Tema04-int_medic.pdf> Acesso
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