Todas as pessoas,
inclusive os idosos, precisam se conscientizar de que envelhecer não significa
caminhar para e com a doença na contagem regressiva da vida. A senescência é a
fase que se inicia aos 60 anos e representa mudanças orgânicas não necessariamente
ligadas às doenças. É envelhecer de forma sadia, participativa e com alegria,
ainda que a sociedade não valorize esse momento. Atualmente, mais de 10% da
população tem mais de 60 anos e esse número só cresce.
Muitas são as
queixas dos idosos e uma, sempre presente, é a perda de memória. Aferir a
capacidade da memória é muito sutil, pois está ligada a diversos fatores como a
carga emocional dada ao fato. Quanto maior for a importância dada ao
acontecimento, mais fácil será para o indivíduo lembrar-se no futuro. O grau de
concentração também é determinante, pois quanto mais a atenção estiver focada na
situação vivida, mais fortemente ficará marcada na memória. De outro modo, com
a falta de afeto e o isolamento, muitas vezes provocado pela idade, provocará
maior probabilidade de falha na memória. Cuidado com o diagnóstico: “são coisas
da idade”. O seu estado emocional, e não a sua idade, poderá prejudicar as suas
lembranças.
Essas situações
favorecem, muitas vezes, a automedicação. O ginkgo
biloba é uma planta muito usada no mundo todo e, popularmente, indicada
para a melhoria da memória de jovens e adultos. Mas, estudos sérios têm
mostrado que não há melhoria na condição do aprendizado e da memória. O gingko
biloba, usado na forma de folhas frescas ou secas, aumenta muito os riscos
de reações adversas ao sistema nervoso ou de processos alérgicos. O uso
concomitante com outros medicamentos causa interação, aumentando o risco de
agravos. Por exemplo, deve-se evitar o uso simultâneo com o ácido acetilsalicílico,
pois pode aumentar a ação antiagregante plaquetária desse medicamento,
provocando riscos de hemorragias.
A memória pode
ser mantida ou reconquistada com a vida ativa e com exercícios de estímulo
mneumônico. Mas, realmente ela pode ser prejudicada quando o idoso faz uso de
medicamentos para dormir, por exemplo. Os antidepressivos são outro grupo de
medicamentos que podem causar problemas na memória.
Além de efeito de
medicamentos, a perda de memória pode estar associada a doenças graves,
denominadas genericamente de demências senis. Uma das mais conhecidas é a
doença de Alzheimer. Vale a pena
conferir.
O Centro de Informações sobre
Medicamentos (CIM) da UniSantos está à sua disposição para dúvidas e sugestões,
escreva para o e-mail cim@unisantos.br
ou por carta endereçada ao CIM, Avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002,
Santos-SP.
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