quinta-feira, 5 de junho de 2014

Envelhecer com saúde: a perda da memória

Todas as pessoas, inclusive os idosos, precisam se conscientizar de que envelhecer não significa caminhar para e com a doença na contagem regressiva da vida. A senescência é a fase que se inicia aos 60 anos e representa mudanças orgânicas não necessariamente ligadas às doenças. É envelhecer de forma sadia, participativa e com alegria, ainda que a sociedade não valorize esse momento. Atualmente, mais de 10% da população tem mais de 60 anos e esse número só cresce.


Muitas são as queixas dos idosos e uma, sempre presente, é a perda de memória. Aferir a capacidade da memória é muito sutil, pois está ligada a diversos fatores como a carga emocional dada ao fato. Quanto maior for a importância dada ao acontecimento, mais fácil será para o indivíduo lembrar-se no futuro. O grau de concentração também é determinante, pois quanto mais a atenção estiver focada na situação vivida, mais fortemente ficará marcada na memória. De outro modo, com a falta de afeto e o isolamento, muitas vezes provocado pela idade, provocará maior probabilidade de falha na memória. Cuidado com o diagnóstico: “são coisas da idade”. O seu estado emocional, e não a sua idade, poderá prejudicar as suas lembranças.

Essas situações favorecem, muitas vezes, a automedicação. O ginkgo biloba é uma planta muito usada no mundo todo e, popularmente, indicada para a melhoria da memória de jovens e adultos. Mas, estudos sérios têm mostrado que não há melhoria na condição do aprendizado e da memória.  O gingko biloba, usado na forma de folhas frescas ou secas, aumenta muito os riscos de reações adversas ao sistema nervoso ou de processos alérgicos. O uso concomitante com outros medicamentos causa interação, aumentando o risco de agravos. Por exemplo, deve-se evitar o uso simultâneo com o ácido acetilsalicílico, pois pode aumentar a ação antiagregante plaquetária desse medicamento, provocando riscos de hemorragias.

A memória pode ser mantida ou reconquistada com a vida ativa e com exercícios de estímulo mneumônico. Mas, realmente ela pode ser prejudicada quando o idoso faz uso de medicamentos para dormir, por exemplo. Os antidepressivos são outro grupo de medicamentos que podem causar problemas na memória.

Além de efeito de medicamentos, a perda de memória pode estar associada a doenças graves, denominadas genericamente de demências senis. Uma das mais conhecidas é a doença de Alzheimer. Vale a pena conferir.

O Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) da UniSantos está à sua disposição para dúvidas e sugestões, escreva para o e-mail cim@unisantos.br ou por carta endereçada ao CIM, Avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002, Santos-SP.


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