O sistema imunológico é uma
estrutura complexa formada por milhões de células diferentes com um grau
diversificado de funções. Genericamente, é sua função identificar e tentar
destruir qualquer corpo estranho que tenha invadido o organismo, seja ele um
microrganismo, como bactérias, vírus ou parasitas, ou uma substância química.
Esse sistema funciona de modo a
saber distinguir o que faz parte do organismo ou não. Caso contrário,
instala-se as denominadas doenças autoimunes, quando o sistema imunológico
passa a destruir seus próprios tecidos. Os medicamentos imunossupressores agem
suprimindo o sistema imunológico e são usados no tratamento, por exemplo, de
doenças reumáticas e outros tipos de artrite, em doenças inflamatórias graves,
em casos de doenças cutâneas graves, em condições autoimunes. Nos transplantes
de órgãos e medula, os imunossupressores são usados no intuito de impedir a
rejeição destes.
Como essa classe medicamentosa
diminui a resposta imunológica, é possível aumentar o risco de infecções por
microorganismos. No entanto, esses efeitos adversos variam conforme o fármaco a
ser utilizado, a finalidade e a potência em que está sendo utilizado.
A maioria dos fármacos
imunossupressores atuam reduzindo o número de linfócitos no nosso corpo, que
são as principais células responsáveis por identificar e eliminar agentes
estranhos. Isso explica a importância da utilização desse medicamento em
transplantes, pois, para o sistema imune, o órgão transplantado é visto como um
agente estranho, não pertencente ao organismo, sendo assim a utilização do
fármaco impediria sua rejeição pelo sistema imunológico.
Normalmente, utiliza-se a
combinação de três imunossupressores para melhor eficácia do tratamento, sendo
cada um com diferente mecanismo de ação, possibilitando o uso de doses mais
seguras, além de evitar efeitos adversos. O tratamento com imunossupressores é
individualizado, disponibilizando ao paciente um tratamento mais adequado,
levando-se em consideração o risco de rejeição, a idade, a raça, e a presença
de comorbidades. Esses aspectos apenas se tornaram possíveis devido aos avanços
tecnológicos no desenvolvimento de fármacos novos, os quais progressivamente
tornaram-se mais potentes e seletivos, auxiliando a terapêutica de cada
paciente, essas atribuições têm elevado à expectativa de vida do paciente e do
órgão transplantado, evidenciando a importância da adesão ao tratamento com
esses medicamentos.
Mayra Ivonete Wessling – 5º semestre do curso de Farmácia
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