Mas o uso da penicilina traz consigo o medo da alergia. Muitas pessoas temem que possam morrer utilizando-se desse medicamento. De fato, pouco mais de 3% das pessoas apresentam alergia a esse medicamento e desses, apenas 0,01% apresentam respostas mais graves e 0,001% morrem devido à reação ao medicamento. Estudos com pessoas que se achavam alérgicas à penicilina mostraram que as mesmas estavam erradas.
Os médicos dispõem de questionários, já amplamente usados pelo mundo, que podem excluir a condição de alergia quando houver suspeita de hipersensibilidade à penicilina. Para saber se a pessoa é realmente alérgica, existem diferentes testes laboratoriais para o diagnóstico definitivo. Esses testes deveriam ser requisitados em situações específicas, com história clínica de alergia e realizados por pessoal adequadamente treinado, de forma a se garantir a segurança do usuário. E, além disso, alguns desses testes só avaliam a resposta imediata, não conseguindo predizer as reações de médio e longo prazo.
O processo alérgico pode apresentar sintomas bem variados. As reações mais graves costumam aparecer em até 1 hora após a aplicação, apresentando-se como urticária e anafilaxia. Anafilaxia é uma forma grave de reação alérgica, na qual pode haver uma queda muito significativa da pressão arterial e a obstrução das vias aéreas. A maioria dos problemas alérgicos com a penicilina demoram mais tempo a aparecer. E essas, normalmente, são muito menos graves e se apresentam com sintomas muito diferentes, dependendo da sensibilidade da pessoa. Podem provocar alterações nas células sanguíneas, problemas dermatológicos de diversos níveis e comprometimento vascular.
A penicilina é um antibiótico da classe dos betalactâmicos devido a sua estrutura química.
Outros antibióticos dessa mesma classe ou com estrutura química semelhante, como as cefalosporinas, podem provocar a reação denominada de cruzada. Ampicilina e amoxacilina são exemplos de penicilinas, mas estas produzem menos reações alérgicas. Existem muitas cefalosporinas e, talvez, o exemplo mais conhecido seja a cefalexina.
Se ainda tiver dúvidas, encaminhe-as para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do curso de Farmácia da Unisantos. O contato pode ser pelo e-mail cim@unisantos.br ou por carta endereçada ao CIM - Avenida Conselheiro Nébias, 300 - CEP: 11015-002.
Prof. Dr Paulo Angelo Lorandi, farmacêutico pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas-USP (1981), especialista em Homeopatia pelo IHFL (1983) e em Saúde Coletiva pela UniSantos (1997), mestre (1997) e doutor (2002) em Educação (Currículo) pela PUCSP. Professor titular da UniSantos. Sócio-proprietário da Farmácia Homeopática Dracena.
Prof. Dr Paulo Angelo Lorandi, farmacêutico pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas-USP (1981), especialista em Homeopatia pelo IHFL (1983) e em Saúde Coletiva pela UniSantos (1997), mestre (1997) e doutor (2002) em Educação (Currículo) pela PUCSP. Professor titular da UniSantos. Sócio-proprietário da Farmácia Homeopática Dracena.
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