A alergia é uma resposta exagerada
do sistema imunológico a uma substância estranha ao organismo, ou seja,
uma hipersensibilidade imunomediada a um estímulo externo específico. O seu
tratamento é feito com medicamentos anti-histamínicos e a ação preventiva é
mais intensa que a curativa, porque age justamente na fase imediata da alergia.
Por outro lado, são menos eficazes no controle da obstrução nasal e do
broncoespasmo da asma, característicos da fase tardia da reação alérgica.
Esses medicamentos atuam no Sistema Nervoso
Central (SNC), conjunto de órgãos que coordenam todas as atividades do
organismo. É a sede da consciência, da memória, da capacidade de aprender,
de reconhecer e dos mais elaborados e característicos atributos do Homem, tais
como a imaginação, o raciocínio abstrato, o pensamento criativo, entre outros.
Importantes avanços ocorreram no nosso
conhecimento sobre os mecanismos pelos quais os anti-histamínicos H1 (antiH1)
produzem seus efeitos – tanto os desejáveis como os adversos. Além disso, os
anti-histamínicos de primeira geração causam conhecidos efeitos adversos,
deprimindo as funções cognitivas, causando sonolência, entre outros.
O critério de classificação de um AH1 como
sedante ou não-sedante é baseado no perfil de eventos adversos (como as queixas
espontâneas de sonolência e fadiga) relacionados ao seu uso. Para o AH1 ser
considerado não sedante, deve apresentar incidência de sintomas depressores
menor ou igual à do placebo. Do contrário, obrigatoriamente a bula do
medicamento deve alertar os consumidores sobre a possibilidade de tais efeitos,
recomendando cautela durante a condução de veículos e operação de máquinas
Mesmo em doses terapêuticas, antagonistas de
primeira geração, ou seja, anti-histamínicos 1, produzem efeitos em sistema
nervoso central, como sonolência, redução do estado de alerta, incoordenação
motora e prejuízo de função cognitiva. Para reduzir a repercussão desses
efeitos, devem ser usados à noite. Antagonistas de segunda geração em doses
usuais tem notadamente menor efeito sedativo que os de primeira. No entanto, o
aumento de dosagem acarreta prejuízo das funções do Sistema Nervoso Central.
Os miorrelaxantes são fármacos que deprimem a
parte do sistema nervoso central que controla o tónus muscular, que é o estado
de contração parcial dos músculos. São utilizados para aliviar a dor muscular,
em certos procedimentos ortopédicos, entre outros.
Porém esses medicamentos podem promover efeitos
adversos como sonolência. Pacientes tratados com estes miorrelaxantes devem
evitar exercer atividades que requeiram coordenação motora e pensamento lógico,
ou seja, não dirigir ou operar máquinas se se sentir sonolento quando tomar
este medicamento e evitar o consumo de álcool.
Lais Oliveira Reis – 6º semestre do curso de
Farmácia
Referências:
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FILHO, C.A.M. Histamina, receptores de histamina e anti-histamínicos: novos
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Aracy P. S. Balbani1, Marcello Caniello2,
Mônica A. M. Miyake1, João F. De Mello Júnior3, Ossamu Butugan.Rinites e
anti-histamínicos: impacto na cognição e psicomotricidade. Revista Bras. De
alergia e imunopatologia.
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terapêutico Guanabara editora Guanabara Koogan p.15. ed.2010/2011
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