As varizes decorrem de um
problema no funcionamento do sistema venoso. Este problema leva uma insuficiência
venal crônica (IVC), que é a dificuldade de circulação do sangue nos vasos
superficiais e/ou profundos, atingindo, principalmente, os membros inferiores. Os
sintomas incluem sensação de peso e dor ao final do dia, e alguns pacientes
referem coceira associada, edema (inchaço) das pernas que geralmente melhoram
com a elevação das pernas. O tratamento varia dependendo da gravidade, podendo
ser usado medicamentos vasoativos, promovendo a vasodilatação, compressão
elástica através das conhecidas meias e/ou intervenção cirúrgica.
A parte das questões estéticas, no
Brasil, constituem sério problema de saúde pública, devido ao grande número de
doentes com alterações na integridade da pele, embora os registros desses
atendimentos sejam escassos. Nos Estados Unidos, em torno de 7 milhões de
pessoas têm IVC, a qual é a causa de 70 a 90% de todas as úlceras de membros
inferiores.
Em casos mais graves, as meias
elásticas são uma boa opção de tratamento, quando usadas adequadamente. A
pressão exercida nos membros inferiores induz maior fluxo sanguíneo pelas
veias, eventualmente congestionadas. Essa pressão, garante a subida do sangue
pelas pernas, vencendo a gravidade, diminuindo o edema. Para graus mais leves
(presença de veias varicosas), podem ser usadas as de compressão inferior a 30
mmHg, compatíveis com os diâmetros e com a formação anatômica da perna. Em
casos mais graves como quando apresentado edema associado as varizes, as meias
elásticas de compressão graduada acima de 30 mmHg são efetivas. As meias
precisam se localizar abaixo do joelho para não atrapalhar a mobilidade do
mesmo. São contraindicadas no caso de insuficiência cardíaca descompensada,
úlcera de membros inferiores, entre outras.
Os medicamentos vasoativos
possuem diversos efeitos, nos variados sintomas. A diosmina, o dobesilato de
cálcio, a rutina e o extrato de castanha da índia proporcionam reduções
objetivas de edema, podendo ser utilizados como terapêutica complementar,
sempre dependendo da orientação médica. Na presença de eczemas (inflamação
aguda) é indicado o uso de corticosteroides tópicos.
Essas drogas não devem substituir
o tratamento de compressão elástica, nem os hábitos de vida que melhorem a
circulação venosa, nem a terapêutica cirúrgica, quando corretamente indicada.
No caso de notar a presença de varizes, procure o médico para que avaliando o
caso ele possa recomendar o melhor tratamento.
Marina Maria de Oliveira - 10º semestre
do curso de Farmácia
Referências:
CASTRO E SILVA, M.; CABRAL,
A.L.S; BARROS, N. Diagnóstico e Tratamento da Insuficiência Venosa Crônica. Sociedade
Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular 2002, 24 set.
DIAS, T.Y.A.F. Avaliação da
qualidade de vida de pacientes com e sem úlcera venosa. Rev. Latino-Am.
Enfermagem jul.-ago. 2014;22(4):576-81.
FRANÇA, L.H.G.; TAVARES, V.
Insuficiência venosa crônica. J Vasc Br 2003, Vol. 2, n.4.
OLIVEIRA, B.G.R.B, Caracterização
dos pacientes com úlcera venosa acompanhados no Ambulatório de Reparo de
Feridas. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2012 jan/mar;14(1):156-63. Disponível em:
<http://www.fen.ufg.br/revista/v14/n1/v14n1a18.htm.> Acesso em: 13 maio 2015
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