segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Shampoos antifúngicos

A pele, por ser um órgão superficial, está sujeita a alterações, dentre as quais se destacam algumas que podem ser causadas ou agravadas por fungos. Shampoos antifúngicos são frequentemente usados para o tratamento de micoses provocadas, geralmente, por fungos que fazem parte da microbiota do couro cabeludo. O uso desse tipo de medicamento é necessário pois a cura espontânea das micoses é pouco provável. O emprego de antifúngicos nas formulações de shampoos é amplo, pois estes medicamentos apresentam um mecanismo de ação específico e que pode controlar as alterações no couro cabeludo.

O tratamento das micoses de pele superficiais com produtos tópicos, como os shampoos, é realizado por longo período e exige persistência do paciente. Isso pode ser considerado uma desvantagem, pois o abandono do tratamento pode aumentar a possibilidade de recidiva. Por outro lado, a terapia tópica apresenta grandes vantagens, pois não apresenta efeitos adversos severos ou interações medicamentosas, os medicamentos são de fácil utilização e não há necessidade de monitoramento do paciente com exames laboratoriais.

Os antifúngicos mais utilizados para o tratamento dessas micoses, também chamadas de dermatites seborreicas, fazem parte do grupo dos imidazóis, como o cetoconazol e o miconazol. Eles agem alterando a membrana celular do fungo, a camada mais externa que mantém todos seus constituintes juntos e funcionantes. Com essa membrana danificada, o fungo não consegue sobreviver e se multiplicar.

Além dos antifúngicos, essas formulações, geralmente contém extratos vegetais a fim de minimizar a agressividade ao couro cabeludo, permitindo sua utilização por uma vasta gama de indivíduos. Dentre os extratos vegetais utilizados, destacam-se o alecrim e a arnica, por apresentarem ação antimicrobiana, anti-inflamatória e antioxidante.

As dermatites podem estar, ou não, relacionadas ao aparecimento de caspa e seborreia. O tratamento tópico com antifúngicos faz parte dos medicamentos isentos de prescrição médica, o que não o isenta da orientação de um profissional capacitado. Nesse caso, a orientação terapêutica pode ser uma competência farmacêutica. Evite a automedicação, busque sempre um profissional adequado.

Thaís Damin Lima - 8º semestre do curso de Farmácia 

Referências:

RABITO, M. F. e TRUITI, M. C. T. Antifúngicos de uso tópico no tratamento de micoses cutâneas e caspa. Acta Scientiarum. Health Sciences Maringá, v. 31, n. 2, p. 107-111, 2009.


OLIVEIRA, M. A. et al. Avaliação da estabilidade e atividade antifúngica de formulações de xampu anticaspa contendo piritionato de zinco e a influência da adição de extratos vegetais. Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 6, n° 1, 2013, p (1-21), 2013.

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