A pele, por ser um órgão
superficial, está sujeita a alterações, dentre as quais se destacam algumas que
podem ser causadas ou agravadas por fungos. Shampoos antifúngicos são
frequentemente usados para o tratamento de micoses provocadas, geralmente, por
fungos que fazem parte da microbiota do couro cabeludo. O uso desse tipo de
medicamento é necessário pois a cura espontânea das micoses é pouco provável. O
emprego de antifúngicos nas formulações de shampoos é amplo, pois estes medicamentos
apresentam um mecanismo de ação específico e que pode controlar as alterações
no couro cabeludo.
O tratamento das micoses de pele
superficiais com produtos tópicos, como os shampoos, é realizado por longo
período e exige persistência do paciente. Isso pode ser considerado uma
desvantagem, pois o abandono do tratamento pode aumentar a possibilidade de
recidiva. Por outro lado, a terapia tópica apresenta grandes vantagens, pois
não apresenta efeitos adversos severos ou interações medicamentosas, os
medicamentos são de fácil utilização e não há necessidade de monitoramento do
paciente com exames laboratoriais.
Os antifúngicos mais utilizados
para o tratamento dessas micoses, também chamadas de dermatites seborreicas,
fazem parte do grupo dos imidazóis, como o cetoconazol e o miconazol. Eles agem
alterando a membrana celular do fungo, a camada mais externa que mantém todos
seus constituintes juntos e funcionantes. Com essa membrana danificada, o fungo
não consegue sobreviver e se multiplicar.
Além dos antifúngicos, essas
formulações, geralmente contém extratos vegetais a fim de minimizar a
agressividade ao couro cabeludo, permitindo sua utilização por uma vasta gama
de indivíduos. Dentre os extratos vegetais utilizados, destacam-se o alecrim e
a arnica, por apresentarem ação antimicrobiana, anti-inflamatória e
antioxidante.
As dermatites podem estar, ou
não, relacionadas ao aparecimento de caspa e seborreia. O tratamento tópico com
antifúngicos faz parte dos medicamentos isentos de prescrição médica, o que não
o isenta da orientação de um profissional capacitado. Nesse caso, a orientação
terapêutica pode ser uma competência farmacêutica. Evite a automedicação,
busque sempre um profissional adequado.
Thaís Damin Lima - 8º semestre do curso de Farmácia
Referências:
RABITO, M. F. e TRUITI, M. C. T. Antifúngicos
de uso tópico no tratamento de micoses cutâneas e caspa. Acta Scientiarum.
Health Sciences Maringá, v. 31, n. 2, p. 107-111, 2009.
OLIVEIRA, M. A. et al. Avaliação
da estabilidade e atividade antifúngica de formulações de xampu anticaspa contendo
piritionato de zinco e a influência da adição de extratos vegetais. Revista
Faculdade Montes Belos (FMB), v. 6, n° 1, 2013, p (1-21), 2013.
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