Os rins são órgãos de
grande importância e realizam diversas ações fisiológicas. São responsáveis
pela eliminação de substâncias indesejáveis e que estejam em excesso no sangue.
Também participam da manutenção quantitativa e qualitativa dos líquidos corpóreos.
Assim, seu comprometimento prejudica funções essenciais, resultando em diversos
problemas que acometem o organismo como um todo.
Algumas substâncias podem
causar danos irreversíveis aos rins e são chamadas de nefrotóxicas. Essas
substâncias podem levar os rins ao quadro de insuficiência renal aguda ou
crônica. Na aguda, as alterações são imediatas à causa, enquanto que no caso
crônico as consequências aparecem lentamente em pequenas proporções
imperceptíveis. Como é um processo de longo prazo, pode ser diagnosticado
apenas quando bastante comprometido.
Diversos medicamentos podem ser classificados como nefrotóxicos, medicamentos que inclusive podem ser obtidos facilmente nas drogarias sem prescrição médica. A nefrotoxicidade desses medicamentos é tolerada normalmente por pessoas saudáveis, porém eles são totalmente contraindicados em pacientes que já apresentam debilitação renal. Como a maioria dos medicamentos é eliminada pelos rins, nessa passagem há o dano renal.
Diversos medicamentos podem ser classificados como nefrotóxicos, medicamentos que inclusive podem ser obtidos facilmente nas drogarias sem prescrição médica. A nefrotoxicidade desses medicamentos é tolerada normalmente por pessoas saudáveis, porém eles são totalmente contraindicados em pacientes que já apresentam debilitação renal. Como a maioria dos medicamentos é eliminada pelos rins, nessa passagem há o dano renal.
Dentre as classes de
medicamentos nefrotóxicos, pode-se citar os anti-inflamatórios e os
analgésicos. Essas classes de medicamentos inibem a síntese de substâncias
pró-inflamatórias, com o objetivo reduzir a inflamação e a dor, porém também
inibem substâncias benéficas, necessárias para manter a filtração renal,
reduzindo, portanto, a função renal.
Esses medicamentos
são disponíveis sem prescrição médica e usados constantemente, por
automedicação, no controle das dores do dia-dia, como dores de cabeça e lesões
musculares simples. Por mais que pacientes saudáveis consigam tolerar a
nefrotoxicidade aguda desses medicamentos, sua utilização de maneira crônica pode
gerar problemas renais.
Outra classe de
medicamentos que pode causar problemas renais são alguns tipos de antibióticos.
Uma classe importante é a dos aminoglicosídeos, como a estreptomicina e a
gentamicina. O ideal na terapia contra as bactérias é utilizar medicamentos que
afetem apenas as estruturas bacterianas, e esses medicamentos de fato existem.
Porém, esses antibióticos não eliminam todos os todos os tipos de bactérias,
boa quantidade delas necessitam de outros antibióticos para matá-las, sendo que
esses não são totalmente específicos para as células bacterianas, portanto
também prejudicam as células do próprio organismo.
Para pacientes que
não apresentam problemas renais, é necessário entender que todo o medicamento é
uma questão de risco e benefício, muitas vezes é necessário assumir o risco,
pois o benefício da sua utilização é maior. Já em pacientes que já apresentam
insuficiência renal, esses medicamentos são contraindicados, pois o risco de
piorar o quadro renal do paciente é maior do que o benefício que causaria.
Obviamente, se
utilizados de maneira correta e supervisionada por profissionais da saúde,
esses medicamentos terão poucas chances de causar problemas graves nos rins. Não
utilize medicamentos por conta própria, sempre orientação médica. O
farmacêutico é um profissional que pode ajudá-lo com informações corretas e
adequadas à sua saúde.
João Gabriel Gouvêa
da Silva – 6 semestre do curso de Farmácia
Referências:
PINTO, S.P. et al. Insuficiência renal aguda nefrotóxica:
prevalência, evolução clínica e desfecho. J Bras Nefrol. São Paulo, v.31, n.3,
p.183-189, 2009.
OLIVEIRA, J.F.P. et al. Nefrotoxicidade dos
aminoglicosídeos. Braz J Cardiovasc Surg. São Paulo, v.21, n.4, p. 444-452, 2006.
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