A febre amarela é uma doença viral transmitida entre humanos pelo Aedes aegypti e entre macacos por outros mosquitos que podem, eventualmente, picar os humanos e transmitir o vírus. Quando transmitido entre humanos é chamada de febre amarela urbana e quando entre animais e destes para os humanos, febre amarela silvestre. Mas é a mesma doença com os mesmos sintomas e evolução.
Uma vez picado por um mosquito infectado, os sintomas podem surgir após o período de incubação que varia entre três e seis dias. A intensidade dos sintomas varia entre um quadro discreto, quase imperceptível, até a uma situação de maior gravidade, podendo causar morte. Os primeiros sintomas são inespecíficos, como febre alta de início súbito, sensação de mal-estar, dor de cabeça, dor muscular, cansaço e calafrios. Passadas algumas horas podem surgir náuseas, vômitos e, eventualmente, diarreia. Após três ou quatro dias, a maioria dos doentes (85%) recupera-se completamente.
Quando o quadro se
agrava, o risco de morte é alto, em até 50% dos casos, mesmo quando bem
assistidos pelo sistema de saúde. Os 15% da forma grave surge, normalmente, depois
de dois de aparente melhora, com o reaparecimento da febre, vômitos
eventualmente escurecidos pela hemorragia gastrintestinal.
Pode haver sangramento
de nariz e de gengivas, além de equimoses (manchas arroxeadas pela pele). Pelo
acometimento do fígado, a pessoa pode apresentar icterícia. Os rins também podem
ser afetados e apresentar um quadro de diminuição na capacidade de produção de
urina.
Como os sintomas não
são específicos, o diagnóstico clínico, feito pela análise médica dos sintomas,
pode ser confundido com outras doenças como formas graves de malária, leptospirose,
febre maculosa, febre hemorrágica do dengue e dos casos fulminantes de hepatite.
O diagnóstico diferencial deverá ser feito em laboratório.
Não há tratamento específico
contra o vírus, apenas reposição de líquidos e das perdas sanguíneas. O vírus
estará presente no sangue do indivíduo infectado entre dois dias antes do aparecimento
dos sintomas até cinco dias após seu aparecimento. Durante essa fase, se o
Aedes o picar, irá se contaminar e poderá transmitir o vírus para outra pessoa.
Já está provado que o
Aedes é capaz de transmitir o vírus da febre amarela, mas com capacidade de
transmissão inferior quando comparado a outros vírus (dengue, Zika e chikungunya).
Se ainda tiver dúvidas,
encaminhe sua dúvida para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do
curso de Farmácia da Unisantos. O contato pode ser pelo e-mail cim@unisantos.br
ou por carta endereçada ao CIM, avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.
Prof. Dr Paulo Angelo
Lorandi, farmacêutico pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas- USP (1981),
especialista em Homeopatia pelo IHFL (1983) e em Saúde Coletiva pela Unisantos
(1997), mestre (1997) e doutor (2002) em Educação (Currículo) pela PUCSP. Professor
titular da UniSantos. Sócio proprietário da Farmácia Homeopática Dracena.
*Publicado originalmente pelo Jornal da Orla
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