O sistema sensorial, o
qual é responsável por encaminhar as informações recebidas para o sistema
nervoso central, é composto por cinco sentidos, o paladar, o olfato, a audição,
o tato, e a visão. Mais da metade dos receptores sensitivos no corpo humano,
está localizada nos olhos, e uma grande parte do córtex cerebral é dedicada ao
processamento das informações visuais. O globo ocular está
localizado dentro de uma cavidade óssea protegido pelas pálpebras. As pálpebras
fazem parte das estruturas oculares acessórias, que incluem também os cílios,
os supercílios, o aparelho lacrimal e os músculos do bulbo do olho.
As pálpebras superiores e inferiores são responsáveis pela proteção dos olhos contra a luz excessiva, além de proteger contra objetos estranhos e realizar o espalhamento da secreção lubrificante sobre os bulbos dos olhos. Os cílios e os supercílios são responsáveis por proteger contra os raios solares e objetos estranhos, impedindo também a entrada de gotículas da transpiração nos olhos. O aparelho lacrimal é um grupo de estruturas que produz e drena o líquido lacrimal (lágrimas).
O líquido lacrimal
produzido por essas glândulas é uma solução aquosa contendo sais, um pouco de
muco, e lisozima, enzima bactericida e protetora. O líquido protege, limpa e
lubrifica o bulbo do olho através do ato de piscar as pálpebras. Por fim, os
músculos do bulbo do olho são responsáveis pela movimentação do mesmo,
permitindo-nos enxergar de diversos ângulos.
Apesar de apresentarmos
diversos mecanismos de proteção do globo ocular, existem diferentes fatores que
podem causar desconforto, e até mesmo o comprometimento visual. Como, por
exemplo, vento, condicionamento do ar, uso de lentes de contato, que podem
promover um quadro de olho seco decorrente da evaporação da lágrima.
O uso de maquiagens,
poeira e poluição também podem servir como irritantes, promovendo quadro
alérgico, e podendo também atuar como transportadores de bactérias, o que
resultaria em infecção ocular. Considerando esses
aspectos, a limpeza adequada dos olhos torna-se de extrema valia, haja visto
que na maioria das infecções oculares, o motivo é a falta de higiene, ou sua
realização de forma inadequada.
Para que isso ocorra de
maneira correta, recomenda-se lavar diariamente os cílios e as pálpebras com
água corrente, podendo utilizar produtos específicos para a região ou shampoo
neutro. Se e quando necessário, utilize colírios sem princípios ativos ou soro
fisiológico recentemente aberto.
Não use soro caseiro, apenas
os adquiridos em farmácia. Remova totalmente a maquiagem após a sua utilização,
podendo utilizar demaquilantes para melhor limpeza. Evite o contato das mãos
com os olhos quando as mesmas não estiverem completamente higienizadas. Utilize
óculos escuros com proteção UV, no intuito de se reduzir a exposição dos olhos
a poeira, sol e o vento. Evite o compartilhamento de objetos de higiene pessoal,
como toalhas de rosto e lenços.
E em caso de suspeita
de infecção ocular, procure o seu oftalmologista ou profissional da saúde para
o indicar a melhor maneira de se reduzir o processo infeccioso.
Mayra Ivonete Wessling
– 7º Semestre – Farmácia.
Referências:
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. PRINCÍPIOS DE
ANATOMIA E FISIOLOGIA, 12 ed, 2010, Editora Guanabara Koogan.
HOSPITAL DE OLHOS PAULISTA. Higiene ocular.
Disponível em: http://www.holhospaulista.com.br/index.php/8-dicas-
para-higiene- ocular/>. Acesso em 01 Fev. 2018.
PORTAL DA OFTAMOLOGIA. Curiosidades sobre a
visão. Disponível em:< http://www.portaldaoftalmologia.com.br/curiosidades/586-curiosidades-
sobre-a- visao>. Acesso em 01 Fev. 2018.
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