O inverno está se aproximando e o
nariz já começa escorrer, a tosse se torna mais persistente e a febre incomoda.
Estamos falando de alguns dos sintomas das gripes e resfriados. Essas doenças
são provocadas por diversos tipos diferentes de vírus e o pior deles é o
influenza, responsável pela gripe, seja sazonal ou epidêmica. Sazonal significa
que todo ano, dentro de um período esperado certo número de pessoas terá a
doença e epidêmica é quando esse número é muito superior ao esperado.
A gripe é grave, principalmente em
idosos, crianças e grávidas, mas pode acometer todas as pessoas. Sua gravidade
se dá pelo comprometimento respiratório que ela pode trazer. Nem todas as pessoas infectadas apresentam os
mesmos sintomas e no mesmo nível de gravidade. Apesar de estarmos falando
teoricamente da mesma doença e vírus, na realidade ocorrem mutações que fazem
com que o nosso organismo não adquira imunidade universal para todos os vírus
da gripe. Assim, o estado gripal pode ocorrer diversas vezes com a mesma
pessoa. Por sua vez. os resfriados são provocados por outros vírus e, apesar
dos sintomas serem semelhantes, o nível de gravidade é bastante inferior.
A Organização Mundial de Saúde avalia
ano-a-ano quais são os subtipos (cepas) de vírus que estão circulando no hemisfério
sul, para indicar qual deve ser a composição da vacina contra a gripe. As cepas
que estão sendo utilizadas para a produção das vacinas que farão parte da
campanha do Ministério da Saúde foram divulgadas em setembro passado e continuam
as mesmas que compuseram a vacina já aplicada,
A vacina é uma estratégia importante
e eficaz para o controle da doença. Ao se vacinar as pessoas mais suscetíveis,
diminui-se a circulação dos vírus, protegendo-se, desse modo, toda a população.
Alguns medicamentos também podem ser
usados, porém sua indicação é para o início do processo de infecção. Além
disso, muitos vírus apresentam o mesmo quadro da gripe e os medicamentos
antivirais específicos não teriam sucesso contra esses tipos.
Procure por um médico ou farmacêutico para
conversar a respeito.
Prof. Dr Paulo Angelo Lorandi
*Texto originalmente publicado no Jornal da Orla em 28/04/2012
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