quinta-feira, 2 de maio de 2013

Contraceptivos (parte 3)

Um dos métodos muitíssimos conhecidos na contracepção  é a famosa pílula, anticoncepcional hormonal combinado oral. É a utilização de estrogênio associado à progesterona impedindo a concepção pela inibição da ovulação. Esse método bloqueia a liberação de gonafotrofinas pela hipófise, hormônios responsáveis pela manutenção do ciclo menstrual. O contraceptivo oral muda a consistência do muco cervical, a altera as condições endometriais e também modifica contratilidade  das tubas , atrapalhando no transporte ovular. Existem vários tipos de pílulas dentre elas: monofásicas, multifásicas e de baixa dosagem.


As pílulas monofásicas são aquelas em que todos os comprimidos possuem a mesma dosagem de hormônios. Quando a cartela acaba, é necessário dar uma pausa de sete dias e logo após retornar com a cartela. Nesses sete dias de pausa o sangramento acontece. As multifásicas são constituídas por comprimidos com diferentes dosagens, diferenciados por cores  de acordo com a fase do ciclo. Não podem ser tomadas fora de ordem. As pílulas de baixa dosagem, como o próprio nome diz, têm baixas dosagens, geralmente de progesterona. Elas têm menos efeitos colaterais e podem ser usadas durante o período da amamentação. Esse tipo dever ser tomada sem interrupção, mesmo correndo sangramento.

O uso de todo os tipos de pílulas podem apresentar náuseas, sensibilidade dos seios, retenção de líquido, ganho de peso, alterações de humor, manchas na pele, aumento da pressão sanguínea e dor de cabeça. Em mulheres fumantes, com problemas cardíacos, doenças do fígado, varizes, derrame, glaucoma não devem usar pílulas. Podem ter interações com outros medicamentos como antibióticos, podendo deixar menos efetivo a sua ação.
A pílula pós-coito ou pílula do dia seguinte é usada como anticoncepção de emergência. É uma pílula hormonal que deve ser tomada em até 72 horas após a relação sexual desprotegida. O ideal seria ser usado somente em casos de emergência, como ruptura do preservativo, esquecimento da pílula ou mesmo em caso de estupro. Neste método, o hormônio usado é levonorgestrel que é um tipo de progesterona. Ele previne a gravidez inibindo a ovulação e aumento a viscosidade do muco cervical.

Se não for usado no tempo adequado a eficácia pode cair até 50% e se tomado até 24h sua eficácia pode ser de 95%. Podem ocorrer efeitos colaterais como náusea, dor de cabeça, diarreia, acnes. Essa forma de contraceptivo é menos eficaz quando comparados com os de uso diário.

Os contraceptivos injetáveis podem ser de aplicação trimestral ou mensal . O modo mensa  são de progesterona com associação com estrogênios e a trimestral é somente com progesterona para administração intra muscular, com doses de longa duração. O hormônio fica no corpo durante o tempo de ação , trimestral ou mensal.

Por fim temos os métodos definitivos que são a laqueadura que seria na mulher e a vasectomia nos homens. A laqueadura é a ligadura ou corte das trompas impedindo o encontro do óvulo com o espermatozoide. E na vasectomia é o corte ou ligadura dos canais deferentes, impedindo a presença de espermatozoide no líquido ejaculado.

                                                              Isadora Dias Ribeiro Santos – 5º semestre de Farmácia



Referências

GUIMARÃES,A .A .N; VIEIRA, M.J; PALMEIRA , J.A. Informações dos adolescentes sobre métodos anticoncepcionais. Rev Latino-am Enfermagem  maio-junho;vol 11(3)pag:293-8.2003 Disponível em : <http://www.scielo.br/pdf/rlae/v11n3/16537.pdf > Acesso em : 19 abr .de 2013

VIEIRA,E.M. et al Características do uso de métodos anticoncepcionais no Estado de São Paulo. Rev Saúde Pública; vol36(3): pag 263-70.2001 Disponível  em : <http://www.scielo.br/pdf/rsp/v36n3/10486.pdf >  Acesso em : 19 abr .de 2013

BAYER.Breve história da contracepção.Disponível em <http://www.bayerpharma.com.br/pt/areas-terapeuticas/saude-de-a-a-z/contracepcao/metodos-contraceptivos/historia-contracepcao/index.php>  Acesso  em : 19 abr .de 2013

PEDRO,J.M. A experiência com contraceptivos no Brasil: uma questão de geração. Rev. Bras. Hist. vol.23 no.45 São Paulo 2003. Disponível em : <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-01882003000100010&script=sci_arttext> Acesso em : 19 abr de 2013

BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Área Técnica de Saúde da Mulher. Assistência em Planejamento Familiar: Manual Técnico/Secretaria de Políticas de Saúde, Área Técnica de Saúde da Mulher – 4a edição – Brasília: Ministério da Saúde, 2002. Disponível em <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/0102assistencia1.pdf> Acesso em : 19 abr de  2013.

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