quarta-feira, 29 de maio de 2013

Caso Tylenol reforça a importância da dosagem certa para o medicamento

O recolhimento de embalagens de Tylenol com problema nos conta-gotas, na semana passada, levanta questões sobre como armazenar e preservar da melhor maneira possível os remédios. Na verdade, não apenas aqueles com conta-gotas precisam de atenção: “a orientação geral é armazená-los é deixa-los em local livre do sol, do calor intenso, do excesso de umidade e onde seja arejado e protegido de poeira”, adverte o farmacêutico e professor da UNISANTOS, Túlio Nakazato da Cunha.

Qualquer problema na embalagem, como uma pequena rachadura, inviabiliza o remédio. Então, é importante guardá-lo em lugares seguros e não deixá-los diretamente expostos à umidade, ao ar e à luz, principalmente as embalagens plásticas, que correm mais risco de ceder a variações de temperatura e umidade. O farmacêutico também diz que os medicamentos não devem ser postos diretamente na boca, mas em um copo ou em uma colher para não haver contato do conteúdo com a saliva, que também contamina o remédio. Nakazato ainda diz que, caso seja necessário guardar o medicamento na geladeira, isto precisa estar escrito na bula. 

Seguir as orientações da bula para proteger a embalagem e o conteúdo do remédio é importante. No caso de remédios com conta-gotas, por exemplo, “as gotas precisam sair iguais para dar a dose certa e isto depende do uso correto do conta-gotas”. Se a dose não é precisamente a recomendada, o efeito muda. O doente pode não sofrer efeitos imediatos, mas “quando tiver uma dor mais forte, a dose que o médico passou não fará efeito”, porque o organismo já se acostumou com uma dose maior para aqueles problemas pequenos

O exagero com as quantidades contribui para o organismo se acostumar com doses grandes e que não farão efeito. “Se na receita estiver escrito ‘de 30 a 40 gotas’, as pessoas colocam 40. O medicamento é algo químico e pode trazer efeitos adversos, por isso deve ser usado a menor quantidade possível”, avisa o farmacêutico.

“No Brasil, a maior causa de intoxicação são os medicamentos, portanto, é necessário que sejam usados de forma racional e sempre com orientação de um médico ou de um farmacêutico”, completa Nakazato.



Bruno Almeida - aluno do 3º semestre de Jornalismo

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