Algumas doenças podem ser
controladas ou amenizadas através de algumas ações não medicamentosas. Os
objetivos, em geral, para o tratamento das doenças articulares, são alívio da
dor, redução da incapacidade funcional e detenção da progressão da doença. Existem uma série de medidas que podem ser tomadas a fim de complementar o tratamento
medicamentoso e atingir melhores resultados.
As medidas não farmacológicas
compreendem educação do paciente e dos familiares, orientando-o sobre do que se
trata a doença e motivando-o a aderir ao programa terapêutico para que haja
sucesso no tratamento, fisioterapia e órteses. Órteses são dispositivos
prescritos por médicos, os quais tem por objetivo manter a funcionalidade da
articulação. As órteses são empregadas para estabilizar e poupar os esforços
das articulações. O uso de palmilhas e bengalas também é útil na diminuição da
dor e melhora da função.
De acordo com a localização da
articulação acometida, o paciente deve ser orientado quanto à economia
articular, como por exemplo, uso racional de objetos domésticos, automação de
atividades, cuidados com rampas e escadas (principalmente com as articulações
de membros inferiores) e deve se conscientizar das limitações impostas pela
doença. Essas medidas educativas têm eficácia comparável ao tratamento com
analgésicos, anti-inflamatórios e redução de peso (no caso de articulações dos
membros inferiores).
Outra medida utilizada é a
fisioterapia, a qual emprega termoterapia (por meio da alteração da
temperatura) e eletroterapia (com uso de correntes elétricas) para o tratamento
da dor e exercícios terapêuticos para a mobilidade articular e recuperação de
força. Devem ser programados exercícios de alongamento, flexibilidade,
fortalecimento muscular e melhora do condicionamento físico.
A acupuntura, mesmo não fazendo
parte das recomendações da Sociedade Brasileira de Reumatologia, deve ser
medida a ser considerada no tratamento da dor. Já existem estudos que
demonstram seus benefícios no tratamento das dores articulares.
O planejamento das estratégias
terapêuticas, sejam elas medicamentosas ou não, deve considerar alguns
princípios, como por exemplo a intensidade dos sintomas e o grau de
incapacidade funcional, o estilo de vida e aspectos que afetem a biomecânica e
a utilização de medidas mais complexas apenas após a falha das mais simples. Em
casos mais graves, pode ser necessária a realização de cirurgia, a qual será
indicada pelo médico responsável pelo caso.
Thais Damin Lima - 7º semestre do curso de Farmácia
Referências:
FACCI, Ligia Maria, et al.
Fisioterapia aquática no tratamento da osteoartrite de joelho: série de casos.
Fisioterapia em Movimento, Curitiba, v. 20, n. 1, p. 17-27, jan./mar., 2007.
Silva NA, Montandon ACOS, Cabral
MVSP. Doenças osteoarticulares degenerativas periféricas. Einstein, São Paulo, v. 6, n. Supl 1, p. S21-S8, 2008.
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