A obesidade afeta milhões de
pessoas no mundo. Seduzidos por produtos que prometem verdadeiros milagres, há
quem acabe aderindo a medicamentos para tentar emagrecer, até mesmo sem
prescrição médica. A dúvida que surge em decorrência do sobrepeso é até que
ponto a reeducação alimentar aliada à prática de atividades físicas é suficiente.
Afinal, quem deve recorrer a um procedimento cirúrgico para emagrecer?
“A opção da cirurgia deve ser bem
analisada por uma equipe multidisciplinar – cirurgião, cardiologista,
endocrinologista, nutricionista e psiquiatra/psicólogo”, explica o
endocrinologista Waldemar Mathias Passos Júnior. Segundo o médico, é possível
emagrecer somente através de uma dieta balanceada e atividade física regular, o
problema é que em determinados casos fica difícil por conta do peso acima do
normal.
Antes de se chegar à decisão de
encaminhar ou não o paciente para a cirurgia, o endocrinologista explica que é
preciso levar em conta as falhas nas tentativas de emagrecer através de dietas,
atividades físicas e do uso de medicamentos; além do Índice de Massa Corporal
(IMC) acima de 40 ou até 35, nos casos em que a pessoa apresenta doenças como
diabetes, hipertensão arterial sistêmica e lesões ortopédicas graves.
Endocrinologista Waldemar Mathias Foto: Divulgação |
Segundo ele, logo nos primeiros
meses após a cirurgia é possível notar diferenças como alívio nas articulações,
melhorando a mobilidade, além de redução nos níveis de pressão arterial,
glicemia e colesterol. Mas não basta fazer a cirurgia e achar que será possível
emagrecer sem mudar o estilo de vida. “Dieta e atividade física serão
obrigatórios para atingir o sucesso esperado e principalmente manter essa perda
por longos períodos”. Segundo ele, o não cumprimento das orientações faz com
que pacientes venham a ganhar peso em até um ano após a cirurgia, podendo
recuperar o que foi perdido.
Professora doutora Renata Doratioto Foto: Depto. de Imprensa UniSantos |
Coordenadora do Ambulatório de Nutrição da UniSantos, Renata conta que 80% dos casos de atendimento no consultório são de obesidade. Ela ressalta que é preciso ficar alerta até mesmo quando, apesar do sobrepeso, a pessoa não apresenta doenças. Aliás, isso é só uma questão de tempo para desencadear problemas de saúde, a diferença é que em alguns casos eles vêm precocemente e em outros não.
Liliane Souza - 6º semestre do curso de Jornalismo
Nenhum comentário:
Postar um comentário