sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Uso de anfetaminas para obesidade

A obesidade é considerada uma doença crônica multifatorial com um aumento no número total de casos existentes. O tratamento para a obesidade tem como objetivo diminuir os riscos de doenças relacionadas e melhorar a qualidade de vida, devendo ser utilizado junto com uma série de atividades. Mas o tratamento medicamentoso dessa doença sofre críticas devido ao seu uso irracional.  Dessa forma, as anfetaminas, que são substâncias moderadoras de apetite, ou seja, reduzem o desejo de comer, são estratégias que devem ser utilizadas para auxiliar a perda de peso em obesos durante o tratamento convencional.

As anfetaminas ou anorexígenos foram criados em laboratório a partir de 1928 e, neste período, eram vendidos sem receita médica.

Jovens na década de 60 e 70 começaram a fazer uso dessa droga com a finalidade de diminuir o sono e aumentar a disposição física em festas e provas escolares, mas, a sua indicação principal era a terapêutica do tratamento da obesidade.

O tratamento farmacológico deve ser feito de acordo com profissionais da saúde, que possam realizar o diagnóstico correto, com indicação e prescrição precisa, acompanhamento e orientação no modo de uso para evitar que ocorra o uso abusivo e irracional do medicamento, o que pode gerar dependência e presença de efeitos colaterais. Diante dos fatos apresentados se fez necessário a criação de uma nova RDC, a RDC 50/2014 da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que entrou em vigor em setembro de 2014 e diz aos interessados em comercializar determinadas substâncias que deverão requerer novo registro. A análise levará em consideração a comprovação de eficácia e segurança dos medicamentos.

Algumas anfetaminas conseguem aumentar substâncias que podem diminuir o sono, a fome e provocar agitação. Suas principais indicações para o uso de anorexígenos são a presença de hábitos alimentares devido a doenças como bulimia, dificuldade de mudança de hábitos alimentares associados ao risco de morte, obesidade mórbidas com risco, tratamentos ineficazes, entre outros.

Doses muito elevadas podem deixar o usuário mais agressivo irritado e com mania de perseguição, se aumentar ainda mais a dose podem provocar delírios e paranoia, e se continuar a fazer uso podem provocar destruição das células cerebrais causando lesões irreversíveis.

Deve-se destacar novamente a importância da orientação dos médicos e farmacêuticos em relação a forma correta de utilização e alertando o paciente sobre os riscos de dependência e possíveis efeitos colaterais.

Lais Oliveira Reis – 8º semestre de Farmácia 

Referências:

MOREIRA, A.P.A.; JUNIOR, E.B.N., Anorexígenos: controle rígido ou proibição do seu uso? Pós Em Revista Do Centro Universitário Newton Paiva 1/2012 - Edição 5.

MURER, E. Drogas, anfetaminas e remédios para emagrecer, Unicamp. Cap.12 pg. 111- 115
SANTOS, B. Consumo de Anorexígenos cai no Brasil, obeso, fev. 2010.

SILVA, J.R., et.al. Avalição Do Consumo De Anorexígenos Derivados De Anfetamina Em Cidades De Goiás, Ensaios e Ciência: Ciências Biológicas, Agrárias e da Saúde, Vol. 16, Nº. 3, Ano 2012.

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