A obesidade é considerada uma
doença crônica multifatorial com um aumento no número total de casos
existentes. O tratamento para a obesidade tem como objetivo diminuir os riscos de doenças relacionadas e melhorar
a qualidade de vida, devendo ser utilizado junto com uma série de atividades. Mas o tratamento medicamentoso dessa doença sofre críticas devido ao seu uso
irracional. Dessa forma, as anfetaminas,
que são substâncias moderadoras de apetite, ou seja, reduzem o desejo de comer,
são estratégias que devem ser utilizadas para auxiliar a perda de peso em
obesos durante o tratamento convencional.
As anfetaminas ou anorexígenos foram
criados em laboratório a partir de 1928 e, neste período, eram vendidos sem
receita médica.
Jovens na década de 60 e 70
começaram a fazer uso dessa droga com a finalidade de diminuir o sono e
aumentar a disposição física em festas e provas escolares, mas, a sua indicação
principal era a terapêutica do tratamento da obesidade.
O tratamento farmacológico deve
ser feito de acordo com profissionais da saúde, que possam realizar o
diagnóstico correto, com indicação e prescrição precisa, acompanhamento e orientação no modo de uso para evitar que ocorra o uso abusivo e irracional do
medicamento, o que pode gerar dependência e presença de efeitos colaterais.
Diante dos fatos apresentados se fez necessário a criação de uma nova RDC, a
RDC 50/2014 da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que entrou em
vigor em setembro de 2014 e diz aos interessados em comercializar determinadas
substâncias que deverão requerer novo registro. A análise levará em
consideração a comprovação de eficácia e segurança dos medicamentos.
Algumas anfetaminas conseguem
aumentar substâncias que podem diminuir o sono, a fome e provocar agitação. Suas
principais indicações para o uso de anorexígenos são a presença de hábitos
alimentares devido a doenças como bulimia, dificuldade de mudança de hábitos
alimentares associados ao risco de morte, obesidade mórbidas com risco,
tratamentos ineficazes, entre outros.
Doses muito elevadas podem deixar
o usuário mais agressivo irritado e com mania de perseguição, se aumentar ainda
mais a dose podem provocar delírios e paranoia, e se continuar a fazer uso
podem provocar destruição das células cerebrais causando lesões irreversíveis.
Deve-se destacar novamente a importância
da orientação dos médicos e farmacêuticos em relação a forma correta de
utilização e alertando o paciente sobre os riscos de dependência e possíveis
efeitos colaterais.
Lais Oliveira Reis – 8º semestre de Farmácia
Referências:
MOREIRA, A.P.A.; JUNIOR, E.B.N.,
Anorexígenos: controle rígido ou proibição do seu uso? Pós Em Revista Do Centro
Universitário Newton Paiva 1/2012 - Edição 5.
MURER, E. Drogas, anfetaminas e
remédios para emagrecer, Unicamp. Cap.12 pg. 111- 115
SANTOS, B. Consumo de
Anorexígenos cai no Brasil, obeso, fev. 2010.
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