A tuberculose pulmonar é uma
doença infectocontagiosa causada pela Mycobacterium tuberculosis. De acordo com
a Organização Mundial de Saúde (OMS), a tuberculose é a doença infecciosa mais
mortal do planeta. Ela apresenta alguns
sintomas característicos, como tosse por longos períodos, podendo haver a
presença de sangue. Porém, a
tosse não é deve ser utilizada como uma forma de diagnóstico da doença, pois também
produz episódios de febre e suores noturnos, além de outros que podem
evidenciar a presença da bactéria no pulmão.
A doença é transmitida de
indivíduo para indivíduo, pelo contato com as gotículas que contém a bactéria
que é expelida quando os infectados tossem ou espirram. Em ambientes precários,
onde há muitos indivíduos dividem um mesmo cômodo, como ocorre em comunidades
pobres e presídios, é comum haver maior propagação dessa infecção. Os países
desenvolvidos, graças à melhoria da qualidade de vida e junto à implantação de
uma quimioterapia eficiente contra a bactéria, foram capazes reduzir drasticamente
a presença da doença no país.
O método mais eficiente para
combater a tuberculose é a quimioterapia, fazendo a utilização combinada de
antibióticos. Porém, há um problema no tratamento da tuberculose, pois o seu
tratamento é muito longo, durando cerca de seis meses. Além desse tempo, os
efeitos colaterais dificultam a adesão dos pacientes à terapia, causando,
muitas vezes, o abandono do tratamento. O problema é quando este abandono
resulta na resistência bacteriana, piorando o
quadro do infectado e permitindo que ele possa transmitir cepas de bactérias
resistentes aos tratamentos convencionais para indivíduos ainda não infectados.
A resistência bacteriana no Mycobacterium
tuberculosis é difícil de ser combatida, pois há poucos fármacos capazes de
efetuar sua morte, podendo, assim, haver o surgimento de uma doença intratável.
Constantemente há pesquisas de novas combinações e novas moléculas
farmacêuticas sendo propostas para o tratamento da tuberculose, porém é
importante focar na adesão dos pacientes ao tratamento medicamentoso. Procure
um médico ou farmacêutico para tirar dúvidas sobre como proceder durante o
tratamento da tuberculose e em hipótese alguma abandone o tratamento. Sempre
procure auxílio profissional.
João Gabriel Gouvêa da Silva – 5° semestre do curso de
Farmácia
Referências:
MACIEL, E.L.N.; SALES, C.M.M. A vigilância epidemiológica da
tuberculose no Brasil: como é possível avançar mais? Epidemiol. Serv. Saúde.
Brasília, v.25, n.1, março 2016.
CAMPOS, S.H. Mycobacterium tuberculosis resistente: de onde
vem a resitência? Bol. Pneumol. Rio de Janeiro, v.7, n.1, junho
1999.
NOGUEIRA, A.F. Tuberculose: uma abordagem geral dos
principais aspectos. Rev. Bras. Farm. São Paulo, v.93, n.1, p.3-9, 2012.
Nenhum comentário:
Postar um comentário