sexta-feira, 26 de abril de 2013

Asma brônquica

A asma é uma doença que se caracteriza pela inflamação das vias aéreas provocada por reação de hipersensibilidade ou alergia. A parede dos brônquios (via por onde entra e sai o ar que respiramos) inflama-se provocando: edema (inchaço); maior contração dos músculos ao redor dos brônquios (responsáveis pela sua abertura ou fechamento conforme a necessidade de mais ou menos ar); e maior produção de muco. Todos esses fatores irão dificultar a passagem de ar, limitando a respiração do indivíduo asmático. A asma entra na categoria das doenças pulmonares obstrutivas crônicas – DPOC.

Os principais sintomas da asma são tosse, acompanhada ou não de alguma expectoração (catarro), falta de ar, dor e/ou chiado no peito. Esses sintomas podem ocorrer a qualquer hora do dia e perdurarem por minutos ou por horas; podem ocorrer esporadicamente ou frequentemente. Essas variações estabelecem a gravidade da asma.

A asma pode ser desencadeada por vários motivos diferentes. Os tipos principais de causas são os alergenos (pólen, mofo, poeira, pelos de animais); os irritantes químicos ou poluentes; o esforço físico (exercício físico intenso); as mudanças climáticas; as infecções respiratórias (gripes e resfriado comum); medicamentos como ácido acetilsalicílico; e o tabagismo. Mas os fatores genéticos (hereditariedade) e psíquicos (emoções fortes, estresse) também interferem de forma importante.           

O diagnóstico é dificultoso quando o paciente não está em crise, pois pode apresentar-se normal em um exame clínico e físico. Para auxiliar os médicos no diagnóstico existem exames complementares como a radiografia do tórax, exames de sangue e de pele (para constatar se o paciente é alérgico) e a espirometria (identifica e quantifica a obstrução ao fluxo de ar).

Broncodilatadores e anti-inflamatórios (corticoides inalados e por via oral) são as duas principais classes de medicamentos para tratar a asma. A escolha do medicamento será feita pelo médico em função da severidade e das características da doença.

Os medicamentos inalatórios são os preferencialmente utilizados por ter maior efeito local e, em contrapartida, menor efeito sistêmico, caracterizando menos reações adversas. Os medicamentos por via oral, ao se distribuírem pelo sangue agirão pelo corpo todo, além de sua ação ser mais demorada. Já os inalados, aplicados diretamente na via respiratória, por terem ação local, agem mais rapidamente e podem ser aplicados em dosagens menores, podendo ser até 30 vezes menor que as dos medicamentos orais.

O Ministério da Saúde desde o segundo semestre de 2012, incluiu três medicamentos para asma, que estão disponíveis gratuitamente nas farmácias populares e nas farmácias privadas credenciadas no programa Saúde Não Tem Preço, que podem ser identificadas pelo cartaz "Aqui tem farmácia Popular".       

O tratamento da asma não deve ser feito somente quando apresenta crise, isso é um erro comum de pacientes asmáticos e portadores de outras alergias. As crises de asma podem ser prevenidas com o acompanhamento de um médico especialista e com alguns cuidados tomados pelos próprios pacientes. O tratamento tem como objetivo evitar os agentes desencadeantes já citados acima (poeira, perfume etc.), e também a utilização periódica de medicamentos que controlam a asma evitando as crises. 

 Thairis Alves de Queiroz - 5º semestre de Farmácia

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