segunda-feira, 27 de abril de 2015

Suplementação de vitamina D pode ser prejudicial

Ao contrário do que pode ser pensado, viver em um país tropical não é o bastante para a síntese de vitamina D. A falta de exposição solar e até a proteção excessiva são fatores que acarretam a hipovitaminose. Para driblar a situação, muitos optam pela ingestão de suplementos por conta própria. O professor do curso de Nutrição da UniSantos, Cezar Henrique de Azevedo, conta que é possível se proteger e, ainda assim, garantir que o organismo absorva esta substância.

 “A vitamina D é considerada também um hormônio. Como hormônio ela tem uma ação mais nobre do que simplesmente uma vitamina”. Ele explica que a recomendação é tomar sol sem qualquer tipo de proteção durante 15 a 30 minutos por três vezes na semana, antes das 10 e depois das 15 horas – isso porque durante esse período a radiação solar não é tão intensa. Para complementar, é preciso ingerir alimentos ricos em vitamina D, como creme de leite, gema de ovo, leite integral e óleo de fígado de bacalhau.

Uma pesquisa feita entre julho de 2010 e agosto de 2011, pela Universidade Federal Fluminense, revelou que 60% dos brasileiros apresentam carência desta vitamina. A alternativa através de suplementos, caso seja feita sem prescrição médica, pode agravar a situação.

O professor alerta que o principal problema da suplementação, quando ingerida de forma inadequada, é a sobrecarga. “Qualquer suplemento quando ingerido em uma quantidade muito acima do limite, pode tornar-se tóxico e vir a ser um agressor do organismo”. A questão é que sem fazer uma análise geral, não tem como saber se realmente será necessário fazer uso dessas substâncias. “O que a gente vê hoje em dia é que as pessoas não querem fazer esforços mínimos para ter o máximo de saúde”, completa.


INGESTÃO ADEQUADA - De acordo com o relatório publicado em 2010 pelo Institute of Medicine, a necessidade média estimada de vitamina D entre homens e mulheres, dos 9 aos 70 anos, é de 400 UI (10 mcg). A medida é a mesma para gestantes e lactentes de 14 a 50 anos e idosos acima de 70. Nesses estágios de vida, o limite máximo de ingestão deve ser de 4.000 UI (100 mcg).

Liliane Souza - 3º semestre do curso de Jornalismo

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