Ao contrário
do que pode ser pensado, viver em um país tropical não é o bastante para a
síntese de vitamina D. A falta de exposição solar e até a proteção excessiva
são fatores que acarretam a hipovitaminose. Para driblar a situação, muitos
optam pela ingestão de suplementos por conta própria. O professor do curso de Nutrição
da UniSantos, Cezar Henrique de Azevedo, conta que é possível se proteger e,
ainda assim, garantir que o organismo absorva esta substância.
“A vitamina D é considerada também um
hormônio. Como hormônio ela tem uma ação mais nobre do que simplesmente uma
vitamina”. Ele explica que a recomendação é tomar sol sem qualquer tipo de
proteção durante 15 a 30 minutos por três vezes na semana, antes das 10 e
depois das 15 horas – isso porque durante esse período a radiação solar não é
tão intensa. Para complementar, é preciso ingerir alimentos ricos em vitamina
D, como creme de leite, gema de ovo, leite integral e óleo de fígado de bacalhau.
Uma pesquisa
feita entre julho de 2010 e agosto de 2011, pela Universidade Federal
Fluminense, revelou que 60% dos brasileiros apresentam carência desta vitamina.
A alternativa através de suplementos, caso seja feita sem prescrição médica,
pode agravar a situação.
O professor
alerta que o principal problema da suplementação, quando ingerida de forma
inadequada, é a sobrecarga. “Qualquer suplemento quando ingerido em uma
quantidade muito acima do limite, pode tornar-se tóxico e vir a ser um agressor
do organismo”. A questão é que sem fazer uma análise geral, não tem como saber
se realmente será necessário fazer uso dessas substâncias. “O que a gente vê
hoje em dia é que as pessoas não querem fazer esforços mínimos para ter o
máximo de saúde”, completa.
INGESTÃO ADEQUADA - De acordo com o relatório publicado em 2010
pelo Institute of Medicine, a
necessidade média estimada de vitamina D entre homens e mulheres, dos 9 aos 70
anos, é de 400 UI (10 mcg). A medida é a mesma para gestantes e lactentes de 14
a 50 anos e idosos acima de 70. Nesses estágios de vida, o limite máximo de
ingestão deve ser de 4.000 UI (100 mcg).
Liliane Souza - 3º semestre do curso de Jornalismo
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