A dengue é uma doença viral, transmitida pelo mosquito Aedes
aegypti. Seus principais sintomas são febre alta repentina (39° a 40°C), dores
de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, indisposição, enjoos,
vômitos, manchas vermelhas na pele, dor abdominal (principalmente em crianças),
entre outros sintomas para dengue clássica. Antigamente, fazia-se distinção
entre os casos da hemorrágica, a qual apresentaria sintomatologia inicial semelhante
à dengue clássica. Hoje, caracteriza-se apenas um tipo de dengue que pode se
expressar em diferentes níveis de gravidade como com o surgimento de
hemorragia, até a condição de choque e morte.
Ao observar os noticiários podemos notar um aumento de casos de dengue no ano de 2015, com probabilidade de superar o número de casos acontecidos em 2014, dito isto precisamos ficar atentos para uma situação bem corriqueira, que é a automedicação.
A automedicação é o ato de utilizar medicamentos por conta
própria ou por indicação de pessoas não habilitadas, como vizinhos e amigos, para
tratamento de doenças cujos sintomas são notados pelo usuário. O grande
problema relacionado a isso é o risco de intoxicação, associado a outros como o
de mascaramento de sintomas. Os analgésicos, os antitérmicos e os anti-inflamatórios
representam as classes de medicamentos que mais intoxicam.
O cuidado com a dengue consiste em constante hidratação, uso
de repelente e medicamentos para controle dos sintomas (dores e febre). Nessa
condição, é bem comum o uso de dipirona e paracetamol como analgésico e
antitérmico. A grande preocupação em relação ao paracetamol é sua ação tóxica
no fígado, quando usado fora das doses terapêuticas recomendadas.
Nos Estados Unidos, estudos recentes têm apontado que 42%
dos casos de falência aguda do fígado têm sido geradas pelo uso incorreto do
paracetamol, medicamento de fácil acesso e sem controle de uso.
Por outro lado, medicamentos como AAS e diclofenaco não
podem ser utilizados por aumentar o risco de sangramento. Não se automedique,
ao apresentar sintomas procure um médico, pois ele é o profissional capacitado
para dar o correto diagnóstico e medicação.
Marina Maria de Oliveira - 9º semestre do curso de Farmácia
Referências:
ANVISA. Risco de intoxicação com analgésicos e antitérmicos.
Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/Anvisa+Portal/Anvisa/Pos+-+Comercializacao+-+Pos+-+Uso/Farmacovigilancia/Alertas+por+Regiao+Geografica/INFORMES/Informes+de+2002/Informe+SNVS+Anvisa+UFARM+n+2+de+25+de+fevereiro+de+2002>
Acesso em: 25 de Março 2015
Automedicação. Rev. Assoc. Med. Bras. vol.47 no.4.
Editorial. São Paulo Oct./Dec. 2001. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302001000400001>
Acesso em: 27 de Março 2015
OLIVEIRA, A.V.C; ROCHA, F.T.R; ABREU, S.R.O. Falência
Hepática Aguda e Automedicação. ABCD Arq Bras Cir Dig 2014;27(4):294-297.
Disponível em:
<http://www.combateadengue.com.br/sintomas-e-diagnostico/#ixzz3VQtqmj98>
Acesso em: 25 de Março 2015
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