A
hepatite C é uma doença viral que pode provocar danos irreversíveis ao fígado. É
transmitida, principalmente, pelo contato com o sangue contaminado, por
exemplo, na utilização de equipamentos de manicure, na elaboração tatuagem ou na
instalação de piercing. Depois de 1993, essas vias são mais importantes do que
a transfusão de sangue, pois, desde então, o sangue, para essa prática, é
testado contra o vírus da hepatite.
Na
progressão da doença, 80% das pessoas permanecem infectadas após seis meses do
contato. Cerca de 20% desses progredirão para cirrose hepática, quando o
fígado, gradativamente, perde sua capacidade biológica. E ainda, de 1% a 5% poderão
apresentar câncer. Na maioria dos casos é uma doença assintomática, porém
poderá surgir, em diferentes graus, cansaço, náuseas, febre, dores abdominais,
urina escura e fezes claras.
Não
há vacina contra esse vírus, portanto, a prevenção é a melhor estratégia.
Existem alguns medicamentos distribuídos pelo Ministério da Saúde que utiliza protocolos
rígidos determinando as situações nas quais podem ser liberadas para uso. Quanto
mais cedo a infecção é tratada, melhor é o controle sobre a replicação viral,
ou seja, não se detecta a presença de vírus no sangue, mesmo após 24 semanas do
término do tratamento.
Porém,
algumas pessoas somente são diagnosticadas com o avanço da doença. Nessa
condição, a decisão médica tem de levar em conta o risco de progressão da
doença, a probabilidade da positividade na resposta terapêutica, os eventos
adversos do tratamento (que são muitos) e a presença de outras doenças.
Os
medicamentos que estão disponíveis atualmente são alguns tipos de interferon usados associados ou não à ribavirina. Além
disso, são utilizados por longos períodos (nove meses) e têm alto custo. Um novo
medicamento está para ser incorporado ao arsenal distribuído pelo Ministério da
Saúde, daclatasvir, o que poderá diminuir o tempo de tratamento e o custo total,
além de apresentar muito menos reações adversas. Essa substância age diminuindo
a replicação viral, reduzindo o número de vírus circulante e o dano ao fígado.
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