As várias formas de impotência,
termo popular para disfunção erétil (DE), atingem aproximadamente 5% a 10% dos
homens em níveis de moderado a severo. Caracteriza-se como uma disfunção sexual
que impede uma ereção persistente para um desempenho sexual satisfatório. Há
várias causas para disfunção erétil, sendo elas psicológicas e orgânicas. Para
essa última, as principais são neurogênicas, vasculares, endocrinológicas ou
devido alguns medicamentos como propranolol, fluoxetina, dentre outros.
Trata-se de uma condição não
fatal, porém afeta a saúde física e psicológica, tendo impacto significativo na
qualidade de vida dos portadores, suas parceiras e famílias. Pode ser
indicativo da presença doenças subjacentes, como fator de risco associado, aos
que já são bem conhecidos, tais como a hipertensão arterial sistêmica, diabetes
mellitus, cardiopatias, tabagismo, consumo excessivo de álcool, obesidade,
doenças prostáticas, depressão e idade. Estudos realizados no Brasil, em três
regiões diferentes, acerca das dificuldades de ereção encontraram 46,2% de DE
(31,5% mínima, 12,1% moderada e 2,6% completa).
Na maioria dos casos, por não
terem causas tão claras trata-se usando medicamentos orais, passando por
injetáveis até a colocação de próteses penianas, quando esgotadas as
possibilidades com os medicamentos via oral.
Há também, no caso de uma origem
psicogênica, terapia sexual associada ou não a medicamentos. Em casos de alguma
disfunção hormonal, há a reposição de testosterona.
Os fármacos de administração oral
tornaram-se a terapia de primeira escolha para os mais diversos casos de DE,
destacando-se entre eles sildenafil, o conhecido ViagraR ou pílula azul. É um
agente condicionador da ereção peniana mediante estímulo sexual, sua ação
resulta em maior relaxamento da musculatura dos vasos sanguíneos penianos,
levando a maior acúmulo de sangue. Seu
uso é contraindicado em pacientes com problemas cardíacos ou que fazem uso de
nitratos devido ao risco de desenvolvimento de hipotensão grave. As próteses
penianas são indicadas para casos mais graves e que já tenham sido utilizadas as
opções acima. Para que tenha sucesso os pacientes precisam ter a libido
preservada, condição física que permita o intercurso sexual e orgasmo presente
ainda que com o pênis flácido.
É importante notar que há um
aumento de uso entre os jovens para que melhorem seu desempenho sexual, ação
que o medicamento não realiza; além do fato de que poderá trazer prejuízos
futuros. Os fármacos são indicados somente para pacientes com disfunção erétil diagnosticada
e sob acompanhamento médico.
Marina Maria de Oliveira - 10º
semestre do curso de Farmácia
Referências:
ABDO, C.H.N. et al. Disfunção
erétil- resultados do estudo na vida sexual do brasileiro. Rev Assoc Med Bras,
maio 2006.
CERESER, K.M.M.; MOURA, R.L. Aspectos
farmacológicos do citrato de sildenafila no tratamento da disfunção erétil. Rev.
Bras. de Med., v. 59, n. 4, abr 2002
NEVES, G. et al . Agentes
dopaminérgicos e o tratamento da disfunção erétil. Quim. Nova, v. 27, n. 6,
2004.
STEFANO, G.B.G. Como Diagnosticar
e Tratar Disfunção sexual erétil. Rev. Bras. de Med., v.69, n.12, dez 2012.
Nenhum comentário:
Postar um comentário