Os
medicamentos indutores de sono representam a classe terapêutica, de ação no sistema
nervoso central, mais consumida no mundo. Estudos apontam que as mulheres
casadas, fumantes com mais de 50 anos compõem o grupo mais numeroso quanto ao
consumo regular e inadequado. Como indutor de sono, os benzodiazepínicos
(diazepam, clonazepam, bromazepam) são indicados pelo período máximo de quatro
semanas, porém é sabido que muitas pessoas mantêm seu uso diário por anos
seguidos.
Por serem medicamentos que deprimem a atividade nervosa, podem comprometer a memória e a capacidade de compreensão, além de provocar a dependência. Também provocam perda de reflexo e de equilíbrio e consequente risco de acidentes. Em idosos, esses acidentes relacionam-se a fraturas ósseas. Estudos importantes nos Estados Unidos mostram que um terço do atendimento hospitalar de emergência está vinculado, de alguma forma, com o uso desse tipo de medicamento. No Brasil não há estudos claros.
A
insônia pode se apresentar de diversas formas: dificuldade em conciliar o sono;
despertar precoce; ou ainda acordar várias vezes durante a noite. É certo que a
qualidade do sono, bem como a sua quantidade, é fundamental para diminuição de
doenças como hipertensão ou diabetes. Cada indivíduo tem o seu ritmo
determinado pelo relógio biológico e sofre influências externas como quantidade
de luz ou de barulho.
A
quantidade ou a qualidade de seu sono não está adequada quando você se sente
cansado e sonolento durante todo o dia. Para melhorar o sono noturno, você deve
ter horários regulares para dormir, reduzir a luz e som (não assista a TV no
quarto) e não se alimente excessivamente antes de dormir, evite café ou álcool
próximo ao se deitar. O excesso de cochilo diurno também compromete o sono
noturno.
Esses
medicamentos, por causar dependência, tolerância (necessidade de doses
crescentes) e síndrome de abstinência (comprometimento orgânico ao se deixar de
usar os medicamentos), têm a sua venda controlada pela Anvisa. Portanto, essa
classe de medicamentos depende de prescrição médica e as farmácias precisam
fazer relatórios constantes de seus estoques para as autoridades sanitárias. Os
dados oficiais indicam uso abusivo desses medicamentos, além da existência de
um comércio ilegal. Faça o uso correto, procure alternativas conversando com seu
médico ou com o farmacêutico.
Prof. Dr Paulo Angelo Lorandi, farmacêutico pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas-USP (1981), especialista em Homeopatia pelo IHFL (1983) e em Saúde Coletiva pela Unisantos (1997), mestre (1997) e doutor (2002) em Educação (Currículo) pela PUCSP. Professor titular da UniSantos. Sócio proprietário da Farmácia Homeopática Dracena.
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