A próstata é uma glândula que só
o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. É um órgão pequeno,
com a forma de uma maçã, situado abaixo da bexiga envolvendo a porção inicial
da uretra. Ela é responsável por produzir parte do sêmen, líquido que contém os
espermatozoides, liberado durante o ato sexual. O câncer de próstata é o
segundo tipo de câncer mais frequente em homens no mundo e o quinto em taxa de
mortalidade.
Em um levantamento realizado em
2012, cerca de 1,1 milhões de casos novos foram diagnosticados. No Brasil, em
2012, foram registrados 13.354 óbitos pela doença, o que representa 13,1% dos
óbitos por câncer em homens. É o câncer mais incidente entre homens no país,
excluídos os casos de tumores de pele não melanoma. Estimou-se 68.800 casos
novos do câncer de próstata em 2014. Esses valores correspondem a um risco de
aproximadamente 70,42 casos novos a cada 100 mil homens.
O principal fator de risco para o
desenvolvimento do câncer de próstata é a idade. Cerca de 65% dos casos de
câncer de próstata são diagnosticados em pacientes com idade superior a 65 anos.
Outro fator de risco importante é a etnia. A mortalidade relacionada ao câncer
é 2,4 vezes maior nos descendentes afro-americana quando comparados à população
branca. Outro fator de risco importante é a hereditariedade. Se um parente de primeiro grau tem a doença,
o risco é, no mínimo, duas vezes maior do indivíduo também apresentar o câncer.
Se dois ou mais indivíduos da mesma família são afetados, o risco aumenta em
cinco a 11 vezes.
Como prevenção, assim como
qualquer outro câncer, recomenda-se uma mudança de estilo de vida. Isto inclui
uma reeducação alimentar, prática de atividade física, manter o peso adequado à
altura, diminuir o consumo de álcool e não fumar.
A evolução deste tipo de câncer é
usualmente silenciosa. Um dos poucos sintomas observados em fase inicial é a
dificuldade de urinar, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou a
noite. Na fase avançada, pode provocar dor óssea, sintomas urinários ou, quando
mais grave, infecção generalizada ou insuficiência renal.
O tratamento é avaliado conforme
o caso e gravidade. Cirurgia, radioterapia e até mesmo observação vigilante (em
algumas situações especiais) podem ser oferecidos. Em estágios mais avançados a
radioterapia ou cirurgia, combinado com tratamento hormonal têm sido
utilizados.
Marina Maria de Oliveira – 10º semestre do curso de Farmácia
Averbeck et al. Diagnóstico e
tratamento da hiperplasia benigna da próstata. Rev. da AMRIGS, v. 54, n. 4, p. 471-477,
out.-dez. 2010.
DAMIAO, R. et al. Câncer de
próstata. Rev HUPE, v. 14, supl. 1, ago. 2015.
INCA. Informativo detecção
precoce: monitoramento das ações de controle do câncer de próstata. Instituto
Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva/Ministério da Saúde, Boletim, v.
5, n. 2 maio/ agosto 2014.
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