A esquizofrenia é um transtorno
psicótico grave, que afeta mais de 21 milhões de pessoas em todo mundo. Tem
maior incidência no sexo masculino. Trata-se de uma doença que possui uma
origem complexa e não elucidada, envolvendo múltiplos e diferentes fatores,
como os genéticos, psicológicos e culturais. Em parentes de primeiro grau de um
paciente esquizofrênico, o índice de prevalência da doença sobe para 10%, mostrando-se
como um forte indicador genético.
Os sintomas iniciais são pouco
específicos e, usualmente, se desenvolvem de forma lenta. Incluem perda de energia,
iniciativa e interesse; humor depressivo, isolamento, comportamento inadequado;
negligência com a aparência pessoal e higiene. Podem surgir e permanecer por
algumas semanas, ou até meses antes do aparecimento de sintomas mais
característicos da doença. São classificados como sintomas negativos.
Embora ainda não exista total
elucidação sobre a patologia, a teoria da hiperfunção dopaminérgica central é a
mais aceita e investigada atualmente. Esta hiperfunção é a liberação excessiva
de dopamina, levando assim aos sintomas.
O uso de alguns medicamentos e de
algumas drogas ilícitas têm sido associadas ao desenvolvimento de
esquizofrenia. A maconha, por exemplo, é apontada por alguns estudos por
aumentar em três vezes a chance do desenvolvimento da doença. As anfetaminas,
usadas muitas vezes como auxiliares ao emagrecimento também tem comprovado aumento
da chance de desenvolver esquizofrenia em quem a usa. Importante ressaltar que
as pessoas acometidas apresentam alguma predisposição antecedente.
O tratamento da esquizofrenia
consiste em uma abordagem multidisciplinar. O tratamento psicossocial é imprescindível
para voltar a organizar a vida do paciente. Assim como o uso de medicamentos chamados
antipsicóticos, que agem diminuindo a concentração de dopamina, controlando a
doença. As medicações apenas controlam a doença, permitindo uma melhora na qualidade
de vida do paciente.
Marina Maria de Oliveira – 10º semestre
do curso de Farmácia
Referências:
LIMA, F.C.C. et al. Revisão
Sistemática para avaliar a eficácia do uso da risperidona no tratamento de
manutenção da esquizofrenia. e-Scientia, , v.7, n.2, p.24-30, 2014.
NETO, A.G.A.A. et al. Fisiopatologia
da esquizofrenia: aspectos atuais. Rev. Psiq. Clín. v.34, p.198-203, 2007.
SILVA, Regina Cláudia Barbosa da.
Esquizofrenia: uma revisão. Psicol. USP, v.17, n.4, p.
263-285, 2006.
SHIRAKAWA, Itiro. Aspectos gerais
do manejo do tratamento de pacientes com esquizofrenia. Rev. Bras. Psiquiatr.,
v.22, p. 56-58, 2000.
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