Ficar refém de crenças sem
fundamentos só contribui para a disseminação da má informação sobre o tumor que
acomete os homens: o câncer de próstata. Quando se trata da saúde, vale a pena repetir
o clichê de que é melhor prevenir do que remediar. Em alusão à doença, este mês
é conhecido como Novembro Azul, para alerta e incentivo à prevenção. Mas é
claro que a luta deve ser mantida durante todo o ano, principalmente para
ajudar a quebrar diversos tabus.
Pensar nas possíveis
consequências é o primeiro passo. E foi a partir deste pensamento que o
analista ambiental José Adalberto Santos, de 58 anos, começou a realizar exames
preventivos. Sem qualquer embaraço, ele diz que se preocupa com a questão e
conta, inclusive, que já realizou o procedimento duas vezes. “Eu acho que é um
conservadorismo e um machismo besta”.
Às vezes, a ‘desculpa’ é o
constrangimento devido ao exame de toque retal. Em outras, a falta de tempo.
Apesar da ciência sobre a importância de cuidar da saúde, o motorista Rogélio
dos Santos, de 56 anos, confessa que nunca fez o exame e que raramente vai ao
médico. “Eu vou ter que fazer. O
problema é a falta de tempo e a coragem. Mas tem que enfrentar”.
Brasil - De acordo com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar
Gomes da Silva (INCA), o câncer de próstata é o segundo que mais atinge homens
em todo o Brasil e, em nível mundial, é o sexto mais comum. Pensar que um exame
pode afetar a masculinidade e deixar que estigmas falem mais alto pode culminar
em consequências indesejáveis. A conscientização precisa sobrepor o receio em
consultar um médico urologista.
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