segunda-feira, 9 de maio de 2016

Uso de oseltamivir na Influenza A (H1N1)

O Influenza é um vírus que é classificado em tipo A, B e C de acordo com seu material genético, o que irá definir quais animais poderá infectar. A variedade do tipo A não é exclusiva de humanos, podendo também infectar aves, porcos, cavalos, baleias, entre outros. Na estrutura do vírus existem duas proteínas que permitem sua entrada nas células do hospedeiro e sua disseminação. As proteínas são hemaglutinina (H) e neuraminidase (N). Essas proteínas possuem vários subtipos, resultando em 144 combinações diferentes, sendo assim, identificadas como H1N1, H2N2, H3N5, entre outros.

Atualmente, o vírus de maior importância que tem infectado a população é o H1N1, causador da Influenza ou gripe. A Influenza é uma infecção viral que atinge o sistema respiratório em caráter agudo, com duração máxima de três meses, facilmente transmitida e de distribuição global. Pode se manifestar com tosse, febre, irritação de garganta, náuseas e diarreia.

O tratamento da Influenza se dá pela utilização de antivirais inibidores da neuraminidase, sendo o oseltamivir o mais utilizado. Quando administrado até 48 horas após instalação da infecção, impede as manifestações clínicas e seu uso deve ser mantido durante 10 dias. Esse tratamento pode ser benéfico, principalmente para pacientes com gripe A H1N1 confirmada, provável ou suspeita, assim como para pacientes que estão em maiores riscos de complicação. Estudos mostram excelente resposta, levando à cura, os pacientes diagnosticados com H1N1. Outra estratégia de controle da doença, seguindo as orientações da OMS (Organização Mundial de Saúde) é a campanha de vacinação contra a Influenza A H1N1, iniciada pelo Ministério da Saúde. Essa campanha espera vacinar o maior número de pessoas com risco de adoecer ou morrer por essa doença.

A maior preocupação com o vírus da Influenza é o grande número de mutações que ele sofreu nos últimos anos. Essas mutações podem torná-lo resistente aos tratamentos já existentes, o que poderia agravar a situação. Por enquanto, estudos mostram que os pacientes que podem apresentar maior risco devido à infecção por H1N1 são os idosos, as crianças menores de 5 anos e os pacientes com comorbidades (outras doenças associadas). Para os demais, a doença tem curso benigno, ou seja, a cura se desenvolve sem maiores problemáticas.

Estando ou não no grupo de risco, é importantíssimo buscar orientação profissional e diagnóstico efetivo para seu tratamento, a fim de evitar maiores complicações.

Thaís Damin Lima - 7º semestre do curso de Farmácia

Referências:

GOLYNSKI, K. S.,  MARQUES, C.  M. Avaliação epidemiológica dos casos de influenza A(H1N1) e o impacto da vacinação em indivíduos que residem em Curitiba-PR. Caderno da Escola de Saúde, Curitiba, v.2,  n.14, p. 32-51. 2015.

LEITE, C. A. et al. Influenza A (H1N1): Histórico, cenário atual e perspectivas. Ensaio e Ciência: Ciências biológicas, agrárias e da saúde, Valinhos, v.17, n.1, p. 89-95, Jun 2014.

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