O Influenza é um vírus que é
classificado em tipo A, B e C de acordo com seu material genético, o que irá
definir quais animais poderá infectar. A variedade do tipo A não é exclusiva de
humanos, podendo também infectar aves, porcos, cavalos, baleias, entre outros.
Na estrutura do vírus existem duas proteínas que permitem sua entrada nas
células do hospedeiro e sua disseminação. As proteínas são hemaglutinina (H) e
neuraminidase (N). Essas proteínas possuem vários subtipos, resultando em 144
combinações diferentes, sendo assim, identificadas como H1N1, H2N2, H3N5, entre
outros.
Atualmente, o vírus de maior
importância que tem infectado a população é o H1N1, causador da Influenza ou
gripe. A Influenza é uma infecção viral que atinge o sistema respiratório em
caráter agudo, com duração máxima de três meses, facilmente transmitida e de
distribuição global. Pode se manifestar com tosse, febre, irritação de
garganta, náuseas e diarreia.
O tratamento da Influenza se dá pela
utilização de antivirais inibidores da neuraminidase, sendo o oseltamivir o
mais utilizado. Quando administrado até 48 horas após instalação da infecção,
impede as manifestações clínicas e seu uso deve ser mantido durante 10 dias.
Esse tratamento pode ser benéfico, principalmente para pacientes com gripe A
H1N1 confirmada, provável ou suspeita, assim como para pacientes que estão em
maiores riscos de complicação. Estudos mostram excelente resposta, levando à
cura, os pacientes diagnosticados com H1N1. Outra estratégia de controle da
doença, seguindo as orientações da OMS (Organização Mundial de Saúde) é a
campanha de vacinação contra a Influenza A H1N1, iniciada pelo Ministério da
Saúde. Essa campanha espera vacinar o maior número de pessoas com risco de
adoecer ou morrer por essa doença.
A maior preocupação com o vírus
da Influenza é o grande número de mutações que ele sofreu nos últimos anos.
Essas mutações podem torná-lo resistente aos tratamentos já existentes, o que
poderia agravar a situação. Por enquanto, estudos mostram que os pacientes que
podem apresentar maior risco devido à infecção por H1N1 são os idosos, as crianças
menores de 5 anos e os pacientes com comorbidades (outras doenças associadas).
Para os demais, a doença tem curso benigno, ou seja, a cura se desenvolve sem
maiores problemáticas.
Estando ou não no grupo de risco,
é importantíssimo buscar orientação profissional e diagnóstico efetivo para seu
tratamento, a fim de evitar maiores complicações.
Thaís Damin Lima - 7º semestre do curso de Farmácia
Referências:
GOLYNSKI, K. S., MARQUES, C.
M. Avaliação epidemiológica dos casos de influenza A(H1N1) e o impacto
da vacinação em indivíduos que residem em Curitiba-PR. Caderno da Escola de
Saúde, Curitiba, v.2, n.14, p. 32-51.
2015.
LEITE, C. A. et al. Influenza A
(H1N1): Histórico, cenário atual e perspectivas. Ensaio e Ciência: Ciências
biológicas, agrárias e da saúde, Valinhos, v.17, n.1, p. 89-95, Jun 2014.
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