O aprimoramento dos instrumentos
analíticos sempre foi importante para o homem, tanto para o desenvolvimento da
praticidade no manuseio quando pelo aumento da eficiência e precisão do
instrumento. A necessidade de se quantificar os materiais faz com que se busque
cada vez mais a melhoria dos instrumentos de pesagem, sendo alvo de interesse
tanto de estabelecimentos comerciais quanto para indústrias.
Ao final da Idade Média, o modelo
de balança mais utilizado era a balança de dois pratos. A utilização dessa
balança era muito comum na época pelo fato de satisfazer as necessidades da
população daquele período, não levando à necessidade de aprimorar um
instrumento que já estava exercendo sua função adequadamente.
Porém, com o avanço da medicina e
da química, tornou-se uma necessidade quantificar precisamente o peso de
matérias primas e dos medicamentos, pois os mesmos, em quantidades maiores do
que a quantidade indicada, poderiam causar efeitos letais para os pacientes.
Além desse fator, a utilização de balanças mais precisas tornou-se de extrema
importância para pesquisas científicas.
Foram propostas, então, várias
alterações na estrutura do instrumento para diminuir influência de qualquer
fator que interferisse na sensibilidade da balança. Além de influentes
externos, a balança precisava ser construída por materiais resistentes ao ar,
para que ela ainda pudesse manter sua eficácia mesmo com o passar do tempo.
Foram propostos modelos em cabines de vidro que permitiriam maior precisão às
balanças, diminuindo interferência do ar.
As mudanças estruturais e
tecnológicas continuaram sendo feitas até chegarem à invenção das balanças
eletrônicas, que são utilizadas hoje em dia. A balança eletrônica, além de
oferecer maior praticidade no momento da pesagem, possui maior sensibilidade e
menor chance de erros, sendo possível quantificar de maneira quase exata. Além
disso, as balanças eletrônicas têm um sistema de “tara” que ignora o peso do
recipiente e calcula apenas a massa do material adicionado nele.
É importante o
avanço tecnológico dos instrumentos analíticos para que sejam possíveis
resultados mais exatos e que possam ser obtidos de maneira prática durante as
pesquisas do dia a dia.
João Gabriel Gouvêa da Silva – 4° semestre do curso de
Farmácia
Referência:
AFONSO, J.C.; SILVA, R.M. A evolução da balança analítica. Rev.
Quím. Nova. São Paulo. v.27, n.6, Nov./Dec. 2004
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