A partir do século XX, o número
de casos de câncer aumentou em todo o mundo, estabelecendo-se em um dos mais
importantes problemas de saúde pública. Com o avanço da ciência e tecnologia,
ocorreu a melhoria dos meios de diagnóstico e tratamento que resultaram na cura
de diversas doenças, inclusive o câncer, aumentando a expectativa média de
vida. Porém é contraditório, pois o uso de métodos de diagnóstico e tratamento
altamente sofisticados, ao mesmo tempo que pode prolongar a vida das pessoas, também podem aumentar o sofrimento, devido à potência dos efeitos adversos
da terapêutica.
No tratamento de neoplasia
maligna, que é uma proliferação anormal, excessiva e desordenada de células, são
utilizados alguns procedimentos incluindo a quimioterapia, a qual é realizada
com o emprego de substâncias químicas isoladas ou combinadas com o objetivo de
matar a quantidade suficiente de tumor fazendo com que as células restantes possam
ser destruídas pelo sistema imunológico do corpo.
O câncer de mama é o segundo tipo
de câncer mais frequente no mundo. Se diagnosticado e tratado oportunamente, o
prognóstico é relativamente bom.
A mastectomia é mais frequente em
tratamento curativo, é realizada a remoção de tumores relativamente pequenos,
onde ocorre a ressecção completa da mama, geralmente seguida imediatamente ou
tardiamente de uma cirurgia de reconstrução.
Relacionados a cirurgia, as que
realizaram mastectomia total relataram mais fadiga do que as submetidas a
outras cirurgias.
A quimioterapia adjuvante é
administrada após o procedimento cirúrgico. A escolha do esquema a ser
utilizado é baseada no estadiamento da doença.
A quimioterapia neoadjuvante é
utilizada para induzir a uma diminuição do tamanho do tumor de modo a permitir
uma cirurgia conservadora, potencialmente em casos com resultado estético melhor.
Pacientes em tratamentos
sistêmicos adjuvantes mostraram sintomas vasomotores e alterações na função
sexual. Causaram diminuição da qualidade de vida de modo geral, como função
física, desempenho de papel, ansiedade, imagem corporal, fadiga entre outros.
A quimioterapia é um tipo de
tratamento que introduz na circulação sanguínea compostos químicos conhecidos
como quimioterápicos, para combater o câncer. Esses medicamentos são levados a
todas as partes do corpo, destruindo as células doentes que estão formando
tumor e impedindo que se espalhem pelo organismo.
O tratamento radioterápico
utiliza radiações para destruir ou inibir o crescimento das células anormais
que formam o tumor. A radioterapia é feita geralmente após a cirurgia ou
quimioterapia, na região da mama e tem por objetivo eliminar células malignas
que por ventura tenham sobrado no local ou próximo onde foi retirado o tumor.
As pacientes que realizaram a
radioterapia, em um estudo desenvolvido no Nordeste dos Estados Unidos, houve
um declínio da qualidade de vida, após seis meses do início do tratamento houve
uma melhora gradual, porém, as funções sociais e sexuais declinaram no decorrer
dos seis meses.
Com relação a quimioterapia, os
pacientes que realizaram mais de seis sessões apresentaram déficit na função
emocional e aumento de sintomas. Uma revisão de literatura mostrou que mulheres
submetidas a quimioterapia apresentaram pior qualidade de vida para as funções
físicas e sociais.
Diante desses fatos, vimos que viver
e conviver com o câncer é um fato social muito significativo, possuí conotações
maléficas, causa modificações que são importantes nas relações sociais do
doente e na dinâmica familiar. Algumas vezes as mudanças no estilo de vida,
reduzem ou perdem a capacidade do autocuidado e de agir com autonomia.
Laís Oliveira Reis – 8º semestre do curso de Farmácia
Referências:
FONTES,C.A.S; ALVIM,N.A.T. A relação humana no cuidado de
enfermagem junto ao cliente com câncer submetido terapêutica antineoplásica,
Acta Paul Enferm. 2008.
NICOLUSSI,A.C; SAWADA,N.O., qualidade de vida de pacientes
com câncer de mama em terapia adjuvante, Rev Gaúcha Enferm., Porto Alegre (RS),
dez. 2011.
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