A história nos proporciona a
reflexão sobre o passado, permitindo entender a evolução por qual um objeto ou
qualquer que seja o material de estudo tenha passado. A profissão farmacêutica
passou por uma evolução que permitiu melhorias nas condições de saúde da
população e na qualidade dos medicamentos. Um ícone da profissão farmacêutica,
desde as antiguidades, é o almofariz.
Até hoje, não se sabe quando o
homem começou a utilizar o almofariz, sendo possível encontrar vestígios da
utilização desses objetos desde os tempos em que o homem era primitivo. Os
almofarizes neste período não eram, de certa forma, sofisticados. Consistiam em
uma placa de pedra, para apoiar o material e de um rolo de pedra para
triturá-lo.
Porém, a função dos almofarizes
também englobava o preparo de medicamentos, sendo necessário haver maiores
sofisticações para não permitir que os medicamentos fossem contaminados durante
a manipulação. O processo de trituração dos medicamentos sempre foi fundamental
pela afirmação de que o medicamento em forma de pó adquiria novas propriedades
medicinais, se misturavam melhor nos veículos de administração e em forma de pó
o medicamento perderia propriedades nocivas.
Como o farmacêutico é o
profissional responsável pela manipulação dos medicamentos, o almofariz se
tornou um instrumento indispensável, sendo reconhecido como o símbolo de
farmácia no século XIII. Este fato pode ser evidenciado nas representações
antigas de estabelecimentos farmacêuticos, quando artistas faziam questão de
representar o almofariz nas obras de arte, fazendo com que o almofariz fosse
visto como um elemento essencial na profissão farmacêutica.
Após a primeira evolução do
almofariz, eles passaram a serem feitos de materiais como ferro, bronze,
porcelana, etc. Porém, com a tendência das indústrias fabricarem pólvora e
armas de fogo para as guerras, o número de almofarizes de metal aumentou
consideravelmente, pois eram fabricados juntos. Porém, com o passar do tempo,
foi percebido os efeitos tóxicos que alguns metais poderiam causar e que,
durante a manipulação com o almofariz, poderiam se misturar ao medicamento.
Este conhecimento fez com que parassem de utilizar ligas metálicas para a produção
de almofarizes e ficasse padronizada a utilização dos almofarizes de porcelana.
João Gabriel Gouvêa da Silva – 4°
semestre do curso de Farmácia
Referência:
NICOLAU, J.L.M.S.A.; SILVA, A.C.C. O almofariz, ícone da profissão farmacêutica. Principais traços da sua evolução. 2008. 34 p. Dissertação (Mestrado) Faculdade de Ciências da Saúde. Universidade Fernando Pessoa. Porto, 2008.
NICOLAU, J.L.M.S.A.; SILVA, A.C.C. O almofariz, ícone da profissão farmacêutica. Principais traços da sua evolução. 2008. 34 p. Dissertação (Mestrado) Faculdade de Ciências da Saúde. Universidade Fernando Pessoa. Porto, 2008.
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