segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Lava-olhos

Foto: Divulgação
Algumas substâncias podem levar a sintomas que causam desconforto nos olhos, como sensação de areia, vermelhidão e olhar lacrimejante. Elementos estranhos, trazidos pelo vento, uso de lentes de contato, poluição e fumaça são comuns em comprometer os olhos. Diante desses fatos, lavar o rosto com água corrente pode ser capaz de eliminar essas sujidades, desde gordura até secreções e poeiras que se acumulam na região facial e ocular.

Para complementar a higiene dos olhos, antigamente utilizava-se um pequeno vaso chamado lava olhos. Ele tinha formato oval e era feito de porcelana ou vidro, pintado a imitar calcedónia (uma variedade do mineral quartzo). Ele era utilizado, como o próprio nome diz, para a higiene ocular. O Lava-olhos era raro no século XVII, e em material de vidro quase não era utilizado.

Os lava-olhos em faiança, uma louça de barro coberta por um esmalte opaco e estanífero, em porcelana e em prata datam do século XVIII e XIX. O lava-olhos de Coimbra apresenta uma cronologia devido à sua matéria, provavelmente correspondido a uma moda nascente, por pessoas refinadas.

No final do século XIX e início do século XX, era utilizada uma peça de vidro ou metal, de fabricação europeia. Ela era utilizada no tratamento de doenças oculares do tipo tracoma, doença inflamatória da região ocular.

O lava-olhos, também conhecido como taça de olho, era utilizado três vezes ao dia, de oito em oito horas. Era colocado na taça uma quantidade da solução a ser utilizada para limpeza, em seguida pressionava-se a taça sobre o próprio olho. Depois, era só levantar a cabeça como se fosse olhar para cima e mover os olhos para todos os lados com a finalidade de limpar o globo ocular completamente. Coloca-se a cabeça para baixo, retira-se a taça do olho, removendo o líquido que cair seu rosto. Repetia-se o procedimento no outro olho, se necessário.

O grande problema dessas peças era a manutenção da higiene, na dificuldade em manter a esterilidade necessária para a aplicação nos olhos. Esse obstáculo fez com que fossem substituídos por colírios com frascos gotejadores. É a ciência desenvolvendo os produtos e as formas de aplicação.
Existem vários tipos de colírios, indicados para diversos tipos de problemas. Porém algumas pessoas utilizam o produto por conta própria, o que poderá causar uma série de problemas na visão. É de suma importância que consulte o oftalmologista. Usar colírios aleatórios pode causar problemas graves à saúde ocular.

Lais Oliveira Reis – 8º semestre do curso de Farmácia

Referências:

FERREIRA,M.A., LEAL,C.C., Cuidados de higiene e de saúde em uma comunidade monástica do século XVII: o caso do Mosteiro de Santa

Clara-a-Velha de Coimbra, Nova Série, Vol. XXVII - XXVIII, 2006 – 2007.


HCO, Colírio é remédio? Automedicação pode causar sérios danos à saúde ocular, Uberlândia – edição 9, set. Out. Nov.

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