A
gripe é uma doença infectocontagiosa causada pelo vírus influenza,
diferentemente dos resfriados que podem ser produzidos por uma grande variedade
de vírus. Somente o rinovírus tem mais de 100 subtipos diferentes. A gripe pelo influenza é mais grave do que os resfriados. O influenza acomete,
principalmente, as vias respiratórias, podendo causar febre, dor muscular,
fraqueza, coriza e dor de garganta.
O vírus possui subtipos classificados em A, B e C, sendo que normalmente os subtipos causadores de epidemias são os A e B. O motivo disso é pelo fato desses subtipos sofrerem mutações genéticas constantemente, favorecendo novos tipos de gripe, podendo ser mais fortes ou mais fracas.
O vírus possui subtipos classificados em A, B e C, sendo que normalmente os subtipos causadores de epidemias são os A e B. O motivo disso é pelo fato desses subtipos sofrerem mutações genéticas constantemente, favorecendo novos tipos de gripe, podendo ser mais fortes ou mais fracas.
O
influenza A pode infectar outros seres vivos como aves e porcos, o que pode
ocasionar novas mutações que, também, são caracterizadas em tipos como o H1N1,
H7N9, H10N8. As letras H e N presentes em seus nomes significam o tipo de
substância presente no vírus, sendo que a letra H significa hemaglutinina e a
letra N significa neuraminidase. Essas duas estruturas têm grande importância
no momento de infecção do vírus. A hemaglutinina é uma estrutura que permite a
fixação do vírus à célula a ser infectada e a neuraminidases é uma enzima que
irá permitir a fusão do vírus à membrana da célula alvo. As neuraminidases são
alvos no momento de desenvolvimento de novos medicamentos.
Essas
duas estruturas podem variar e ter diversas combinações entre si, o que resulta
nas grandes diferenças de um vírus para o outro, justificando as afirmações das
pessoas que dizem ter pegado uma gripe mais forte ou coisas do gênero. A
gravidade da doença se dá por ter sido infectadas por subtipo diferentes de
vírus. O H1N1, é um subtipo do influenza A que tem alta capacidade de infectar
o ser humano, sendo o vírus da pandemia ocasionada em 2009.
O H1N1 é vulgarmente chamado de
“gripe suína” pois a sua mutação foi identificada, primeiramente, em suínos,
sendo essa variante capaz de infectar o homem. É errado dizer que o H1N1 é uma
gripe de porcos ou suínos, pois existem tipos de vírus que podem infectar
apenas o homem, apenas o animal ou podem infectar ambos. O H1N1 é um vírus
capaz de ser passado do suíno para o ser humano, mas também é transmitido entre
os seres humanos por meio de secreções, como o muco.
Por mais que a última pandemia do
vírus tenha ocorrido em 2009, o mesmo tipo de vírus pode aparecer circulando
novamente em cidades, estados e até mesmo países dependendo das circunstâncias
epidemiológicas. A vigilância, por meio das notificações de casos, é que é
capaz de dizer qual tipo de vírus está mais presente na comunidade em um dado
momento. Isso é fundamental para a decisão no tratamento e alerta à população.
Com a chegada de tempos frios e
secos, a transmissão do vírus fica mais facilitada. Por isso, evite locais
fechados como meios de transporte coletivo e perca o hábito de colocar as mãos
na boca ou em qualquer local que facilite a entrada do vírus no organismo, como
olhos e nariz. O vírus pode continuar impregnado em locais que os infectados já
entraram em contato, por isso é importante sempre que sair, ter o hábito de
lavar bem as mãos quando chegar em casa. Quaisquer eventuais dúvidas que apareçam,
procure um médico ou farmacêutico para auxiliá-lo.
João Gabriel Gouvêa da Silva – 5°
semestre do curso de Farmácia
Referências:
MARTINEZ, J.A.B. Influenza e
publicações científicas. J. bras. pneumol. São Paulo, v.35, n.5, Maio
2009.
CARNEIRO, M. et al. Influenza
H1N1 2009: revisão da primeira pandemia do século XXI. Revista da AMRIGS. Porto
Alegre, v.54, n.2, p.206-213, Abr./Jun. 2010.
CAMPOS, H.S. Gripe ou resfriado?
Sinusite ou rinite? Jornal Brasileiro de Medicina. Rio de Janeiro, v. 102, n.1,
Jan./Fev. 2014.
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