segunda-feira, 24 de abril de 2017

Hipertensão vinculada ao uso de diuréticos

A pressão arterial é definida como a força que o sangue exerce contra o vaso quando é ejetado do coração para a circulação sanguínea corpórea. Os valores ideias são os que se apresentam abaixo de 120 X 80 mmHg. Com base nisso, a hipertensão arterial conhecida popularmente como “pressão alta” é definida com a elevação dos valores acima de 140X90 mmHg. Aferições entre esses dois valores merecem atenção por parte da pessoa.

A alteração do valor normal de pressão para um valor mais elevado pode ser decorrente de vários fatores, desde a pré-disposição genética até fatores socioeconômicos. Comumente a elevação da pressão tem maior prevalência em idosos visto que, com o envelhecimento, ocorre a diminuição da elasticidade dos vasos, com isso exige-se maior força de ejeção e, portanto, elevação da pressão arterial. No entanto, o número de pessoas acima dos 18 anos com hipertensão tem sido crescente nos últimos anos, devido aos hábitos adquiridos pela população, como a alta ingestão de sal, sedentarismo, consumo de álcool, obesidade e, até mesmo estresse.

A hipertensão pode ser controlada com tratamento farmacológico e não farmacológico, segundo o Consenso Brasileiro de Hipertensão, que definiu as normas para detecção e tratamento da hipertensão.

O tratamento não farmacológico consiste na alteração do estilo de vida, como a redução do peso corporal, do consumo de sal e bebidas alcoólicas, e a associação a prática regular de exercícios físicos, que apesar de aparentarem ser medidas fáceis de serem tomadas, possui menor aderência em relação ao tratamento farmacológico. Essas práticas sempre deverão ser assumidas, independentemente do tratamento farmacológico.

O tratamento farmacológico consiste na utilização de vários medicamentos diferentes, como diuréticos, betabloqueadores, simpatolíticos de ação central, antagonistas dos canais de cálcio, inibidores da enzima conversora da angiotensina e antagonistas do receptor da angiotensina II.

A primeira linha de tratamento farmacológico costuma ser com a utilização de diuréticos que são fármacos que visão reduzir o volume circulatório, em um primeiro momento, e consequentemente reduzir a pressão que este volume exerce sobre o vaso, promovendo uma maior flexibilidade do vaso. Outro mecanismo importante é a de reduzir a quantidade de sódio circulante no sangue.

A escolha do uso de diuréticos é frequente devido a aderência ao tratamento resultante da redução de efeitos colaterais que são mais evidentes em outras classes terapêuticas. Mas os diuréticos também apresentam efeitos colaterais, como a diminuição da concentração de potássio e magnésio, podendo levar a arritmias cardíacas. Também pode promover o aumento de ácido úrico. A grande vantagem dos diuréticos é a de que apenas o ajuste de dose já pode solucionar os efeitos sem prejuízo da eficácia anti-hipertensiva do fármaco.
               
Mayra Ivonete Wessling – 5º Semestre do curso de Farmácia

Referências:

FERREIRA, Sandra Roberta Gouvea; MOURA, Erly Catarina de; MALTA, Deborah Carvalho; SARNO, Flávio. Frequência de hipertensão arterial e fatores associados, São Paulo, 2006. Disponível em: < http://www.producao.usp.br/handle/BDPI/14109>. Acesso em 11 Abr. 2017.

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